SindBancários se manifestou após declaração de Leite na Zero Hora. Governador disse que privatização do banco é inevitável.
A chamada de capa da Zero Hora desta sexta, 24/12, ilustra bem qual será o tom da eleição do ano que vem. Às vésperas do Natal, o tema não foi o desemprego, a fome, a crise sanitária ou a solidariedade, mas, nas palavras do governador Eduardo Leite, a “privatização inevitável do Banrisul”.
“Inevitável”, compara o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner, “é escolhermos outro caminho para o Rio Grande do Sul. Precisamos votar muito bem para garantir o Banrisul público”, alerta Luciano, lembrando que a escolha de deputados (as) estaduais alinhados (as) à defesa do banco vai ser decisiva.
“Sabemos que são os bancos públicos que historicamente ajudam os governos em situações de crise”, recorda o presidente. “Mas, na entrevista, Leite fala do banco não como patrimônio que contribui para a recuperação do estado, mas como ativo que pode virar investimento quando for vendido”.
Fetzner destaca que o Banrisul público tem a ver com a vocação do banco, ou seja, qual a prioridade de investimentos. “Sabemos que bancos privados têm compromisso com o lucro. Mas um banco público tem compromisso com o conjunto da população, tem compromisso com os investimentos que melhoram a vida de muitos, não de alguns apenas”.
Na opinião de Luciano, este é justamente um dos debates centrais do ano que vem. “Precisamos eleger governantes e parlamentares comprometidos (as) com a sociedade, que queiram reduzir desigualdades, a fome, o desemprego, que queiram melhorar a vida do povo. E aqui no estado, o Banrisul como banco público sempre foi aliado nisso”.
Imprensa SindBancários