Não há mais tempo para dúvidas! O governador José Ivo Sartori está decidido a acabar com fundações e empresas públicas, o que ameaça o Banrisul e o Badesul! E o pior é que mesmo que ele acabe com tudo, não vai tirar o Rio Grande de nenhuma crise. Crise se resolve com investimento do Estado e mais empregos. Nesta terça-feira, 20/12, ele pode fazer com que os deputados estaduais votem e aprovem o fim do artigo 22 da Constituição Estadual. Se isso for aprovado pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa, Sartori poderá atender os interesses do governo federal do interino Michel Temer e vender o que ele quiser sem perguntar nada para os gaúchos e gaúchas. O Banrisul e o Badesul não estão no pacotaço, mas estão na mira do governo do Estado.
Nesta terça-feira, 20/12, vamos mostrar que não aceitamos que o Sartorão privatista acabe como nossos empregos e com bancos públicos, que impulsionam o crescimento do Estado. A partir das 11h, em frente à Direção Geral (DG) do Banrisul (Rua Caldas Junior, 108, Centro Histórico de Porto Alegre), é tempo de participar do Ato em Defesa do Banrisul e Badesul públicos e em solidariedade aos servidores públicos.
“Os Banrisulenses e os colegas do Badesul precisam participar deste nosso primeiro passo para resistirmos a esses ataques. Os dois bancos não estão no pacotaço de extinções de fundações e venda de empresas públicas. Mas isso significa que eles não possam estar. E basta que o governo do Estado leve a Assembleia Legislativa um projeto de lei alterando o artigo 22 da Constituição do Estado que o Sartori vai poder vender qualquer patrimônio público sem consulta popular ou referendo”, argumenta o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.
Banrisulens e colegas do Badesul! É tempo de defender seus bancos públicos e seus empregos. O pacotaço do Sartori pode ser mais um golpe nos nossos direitos e nos bancos dos gaúchos na votação da Assembleia Legislastiva que pode ocorrer a qualquer hora e dia nesta semana.
Ato em defesa do Banrisul e Badesul públicos e em solidariedade aos servidores públicos
Terça-feira, 20/12 | 11 h | Concentração em frente a DG do Banrisul (Rua Caldas Junior, 108, Centro Histórico, de Porto Alegre).
Vigília na Praça da Matriz
Diariamente na tenda do SindBancários na Praça da Matriz, em frente à entrada principal da Assembleia Legislativa.
Nenhum direito a menos
Os bancários e as bancárias do Banrisul e do Badesul precisam ficar ligados com o que está acontecendo com os nossos direitos. Eles estão sendo retirados. E sabe por que isso acontece? Porque o Sartori e o Temer acham que os trabalhadores é que têm que pagar a conta da crise internacional com ajuste fiscal e arrocho.
A PEC 55 foi aprovada no Senado e congela investimentos em educação e saúde por 20 anos. Vai nos deixar sem médicos, hospitais, sem escola pública e sem faculdade. A terceirização, que já está por ser votada no Senado, como PL 030, vai rasgar a carteira de trabalho, levando férias, FGTS e até o 13º salário. E a reforma da Previdência vai fazer a gente trabalhar até morrer. Só vai ter aposentadoria integral quem trabalhar 49 anos sem ficar nem um dia desempregado.
Não vamos nos iludir. O Temer e o Sartori estão dando um golpe nos nossos direitos. Eles dizem que é para ajeitar as finanças do Estado e do País. Mas a gente sabe que o pacotaço do Sartori é a versão do governo gaúcho para as maldades nacionais do Temer.
Vamos lutar e resistir pelos direitos que conquistamos!
O pacotaço é golpe nos gaúchos
O governo Sartori diz que seu pacotaço vai modernizar o Estado e combater a crise, mas estudos demonstram que vender estatais, como a CEEE e a Sulgás, e fechar fundações como a FEE e a TVE, só vai economizar 0,28%. Não resolve crise nenhuma.
Como sair da crise?
Parar com incentivos fiscais a grandes empresas. Foram R$ 16,4 bilhões que não entraram de impostos, como o ICMS, nos cofres públicos em 2015, segundo o Dieese. Dava para pagar três vezes o déficit público de 2015, que foi de R$ 4,9 bilhões.
Como vão vender o que é nosso?
O governo Temer impõe aos Estados mais endividados, como o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, contrapartidas para aumentar o prazo de pagamento da dívida. Uma delas é a entrega de patrimônio público. Por isso o Sartori anunciou no pacotaço a extinção de nove fundações e a venda de empresas estatais.
Como podem vender o Banrisul e o Badesul?
As nove Fundações e as empresas estatais que serão extintas ou vendidas podem não ser apenas elas a serem passadas nos cobres. O governo Sartori e seus aliados na Assembleia Legislativa podem alterar o artigo 22 da Constituição do Estado. Essa salvaguarda diz que estatais só podem ser vendidas por consulta popular. Aí, eles podem vender o que eles quiserem sem falar ou mostrar para ninguém.
As fundações e empresas públicas ameaçadas
Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Fundação Cultural Piratini (FCP-TVE), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF), Fundação de Zoobotânica (FZB), Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regionalização Administrativa e dos Recursos Humanos (Metroplan), Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag); Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa).
Fonte: Imprensa SindBancários