Sindicato paralisa Santander Cultural até às 12h desta segunda-feira, em Dia Nacional de Lutas

Até o meio-dia desta segunda-feira, 20/06, o prédio do Santander Cultural, Centro Histórico de Porto Alegre, ficou fechado, sem atendimento ao público e sem o trabalho dos cerca de 50 bancários que atuam no local, que é a sede administrativa da instituição financeira no RS. A ação do SindBancários, com presença de diretores, faixas, manifestações e distribuição de folhetos à população está dentro do Dia Nacional de Luta. “Queremos o atendimento de nossas demandas para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho”, diz o diretor do Sindicato e funcionário do Santander Luiz Carlos Cassemiro. “Ainda em abril foram entregues as propostas aprovadas pela categoria à vice-presidente de Recursos Humanos do Santander, Vanessa Lobato. A partir daí já ocorreram três rodadas nacionais de negociação, mas a empresa está enrolando, não se mostra disposta a avançar em novas cláusulas”, completa ele.

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Consulta com dez mil funcionários

“O banco está procrastinando para assinar o Acordo Aditivo”, complementa Natalina Rosane Gué, diretora de Relações Sindicais do SindBancários.   “Temos cerca de 50 agências do banco aqui em Porto Alegre, mas por enquanto fizemos a paralisação apenas aqui na Superintendência”, diz. Entre as demandas obtidas a partir de consulta com mais de dez mil funcionários em todo o país, ganharam destaque algumas questões prioritárias.

Principais demandas

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Fim das metas abusivas – Metas precisam respeitar especificidades do local, sazonalidade do mercado e oscilações da economia brasileira. Transparência nos critérios de remuneração variável das metas. Readequação quando houver redução do quadro de funcionários, afastamento ou férias. Meta mensal só pode ser cobrada no final do mês e não no inicio, como ocorre.

Mais funcionários nas agências. – É preciso aumentar o ritmo de contratações para atender melhor a população e não sobrecarregar os colegas.

Empréstimo sem juros – Funcionários originários do Banespa têm direito de pedir empréstimo no valor de um salário e dividir o pagamento em dez vezes sem juro. Queremos estender este direito a todos os funcionários.

Melhoria na avaliação de desempenhos. – Os critérios são subjetivos e dependem exclusivamente do gestor. Até os trabalhadores afastados são avaliados. A pontuação negativa impede o pagamento de remuneração variável e outras vantagens.

Manutenção dos filhos como dependentes do convênio – Até 2014 os bancários podiam manter filhos e dependente no plano de saúde até os 24 anos, com comprovação de cursar faculdade. Agora o banco cancelou esta conquista e o trabalhador precisa pagar um valor a parte. Só o Santander faz isto.

Transparência na AQO – Trabalhadores precisam saber quais os critérios do banco para a Avaliação de Qualidade Operacional. Bancários não podem ser responsabilizados por ocorrência que não estão diretamente ligadas ao atendimento ou que não são de sua alçada, como a organização do banco.

Distribuição justa e transparência no PPRS – Dados do balanço do Santander em 2015 indicam que o banco lucrou R$ 9,7 bilhões. Deste montante, gastou R$ 1,26 bilhão para pagamento de programas de participação no lucro. Não informou quanto foi destinado a Participação nos Lucros e Resultados, garantida na CCT, PPRS garantido no Aditivo e outros programas definidos unilateralmente pelo Santander.

E ainda:

Retorno gradual dos afastados – Os trabalhadores propuseram um programa gradual de retorno ao trabalho no caso dos funcionários que se afastaram e ainda não têm plenas condições de retomar as atividades. / Isenção de tarifas bancárias – Inclui a anuidade de cartão de crédito para trabalhadores ativos e aposentados./ Auxílio Academia – No valor de 70% da mensalidade, limitada ao valor de R$ 130 para todos e todas./Licença Remunerada – Para a mulher vítima de violência.

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Problemas frequentes

No caso do Rio Grande do Sul em especial, a sindicalista Natalina Gué diz que o SindBancários tem tentado resolver problemas frequentes como casos de assedio moral, tratamento diferenciado aos que entram em licença saúde ou voltam do INSS e outras questões. “Neste inverno rigoroso que estamos enfrentando no estado, há agências que simplesmente não têm ar quente”, denuncia ela. “Isso é inaceitável”.

 

 

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