SindBancários recebe exposição “Auto-processos de animalização: uma subjetividade vulpina” a partir de quinta-feira (10)

Mostra de artista não-binárie Raposu fica aberta à visitação até 27 de setembro

Nos meses de agosto e setembro, o SindBancários recebe a exposição “Auto-processos de animalização: uma subjetividade vulpina”, de Raposu, artista não-binárie, atuante e natural de Porto Alegre. A abertura está marcada para esta quinta-feira (10), às 20h. A mostra conta com cerca de 38 obras em diversas linguagens artísticas – tais como muralismo, pintura em tela, desenho, escultura, vídeo e escrita –, a partir de auto representações e narrativas fluidas e apropriadas, tais como o conto de Esopo.

Por meio da pintura, do desenho e da escultura, Raposu adota um modo de narrar sua trajetória pessoal através da construção de personagens de realismo fantástico de sua autoria em constante transformação. Desse modo, não se reduz a uma linguagem: vai se expandindo, tratando o cotidiano como um ateliê vivo e dialético no qual atua em várias frentes e em vários serviços, conectando e desfragmentando esses mundos.

A montagem foi pensada por Raposu em conjunto com a curadoria da Casa dos Bancários, sob a perspectiva de um espaço expositivo que não se separa das atividades da instituição, na qual objetos e não objetos são inseridos no dia a dia das funções desempenhadas no local.

Quem é Raposu

Rapusu se reconheceu não-binárie entre 2014 e 2016. Esse foi um processo longo e difícil que iniciou quando concluía o TCC em Artes Visuais pela UFRGS. Começou então a buscar informações sobre gênero-dissidência, deparando-se com o termo que descrevia o que até então vivia e ainda não sabia nomear: a não-binariedade. Raposu teoriza seu processo narrativo através das representações alegóricas e híbridas que pesquisa na natureza, na qual sobrepõe respingos da sua imaginação que transcendem os sentidos da experiência.

“Tendo em vista que cada vivência não-binária é única e particular e não somos um grupo homogêneo, falo sobre minha vivência pessoal em meus trabalhos de forma poética e metafórica, através do animal – e símbolo – “Raposa” desde então. Nesse período, eu estava paralelamente numa busca espiritual xamânica, onde descobri meu animal de poder – a raposa. Esse animal-símbolo-entidade despertou em mim uma identificação significativa”, explica.

Sobre isso, elu completa: “é comum associar cães e gatos como símbolos antagônicos-binários; sendo assim, a raposa me atravessa como uma possibilidade animal não-binária, com sua forma canídea e comportamento mais similar ao felino. Considerando o fato de que o Brasil é o país em que mais se mata pessoas trans, traço um paralelo com a caça à raposa, na luta pela (r)existência de um tipo de corpo tido como ‘exótico’ – tal qual a espécie”.

Serviço

O que: Exposição “Auto-processos de animalização: uma subjetividade vulpina”
Quando: de 10 de agosto (abertura às 20h) a 27 de setembro, de segunda a domingo, das 14h30 às 20h30
Local: SindBancários – Rua General Câmara, 424, Centro Histórico, Porto Alegre
Entrada franca

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