SindBancários participa de ato em defesa da água pública e contra a privatização das estatais

Trabalhadores da Corsan anunciaram estado de greve e podem iniciar paralisação a qualquer momento

Com massiva participação de trabalhadores e trabalhadoras, o ato RS pela Água mobilizou milhares de pessoas, na manhã desta terça-feira (28), em defesa da água pública e contra a privatização das estatais. Convocado pelo Sindiágua/RS e entidades sindicais, a caminhada começou com uma concentração na sede do DMAE, na rua 24 de outubro, e seguiu até a Assembleia Legislativa, no centro da Capital. Bancários e bancárias estavam presentes dando seu apoio aos(as) trabalhadores(as) e à luta em defesa da água pública.

A mobilização alertou para a importância de manter a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) pública para garantir água de qualidade e preço justo para os mais de 300 municípios atendidos, além de intensificar a defesa de outras companhias municipais e empresas públicas ameaçadas de privatização, como o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), Procergs, Procempa e o próprio Banrisul. Os manifestantes denunciam a venda das ações da estatal de saneamento, anunciada pelo governo do Estado para ocorrer em julho, assim como a recusa da empresa em iniciar as negociações do acordo coletivo de trabalho previamente aprovado.

“Bancários e bancárias estão junto com empregados/as da Corsan, em luta contra o projeto de desmonte do nosso Estado, e em especial no dia de hoje contra a privatização da água. Estivemos juntos em várias atividades nos governos Sartori e Leite, em toda a luta contra a PEC 280, e, se preciso for, estaremos juntos de novo no próximo governo, porque se depender de nós não vão entregar nas mãos da iniciativa privada a água dos gaúchos e gaúchas e nem desmontar os bancos públicos e empresas estratégicas do nosso estado. Não vamos deixar que apequenem o nosso Rio Grande”, defendeu o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner.

A diretora do SindBancários e empregada do Banrisul, Silvia Chaves, reforçou a importância do ato desta terça e das eleições deste ano para garantir a permanência da Corsan, do Banrisul e das outras empresas ameaçadas. “A mobilização de hoje mostra que só com a unidade e a indignação é que mudaremos essa realidade. Votar em parlamentares do campo progressista e alinhados com as pautas públicas é fundamental e vital para nosso estado”, lembrou Silvia.

Privatizar as empresas públicas é um crime contra o povo gaúcho

A desculpa do governo é sempre a mesma: que o Estado não tem recursos e que a iniciativa privada administra melhor. No caso da Corsan, que há mais de 50 anos presta serviços para mais de 300 municípios, o que existe é uma pressão enorme do mercado financeiro e de empresários que querem faturar com a água, afinal, essencial como é, o consumo é garantido.

Everton Gimenes, vice-presidente da CUT e ex-presidente do SindBancários, afirmou que a eventual privatização da água só vai piorar e muito a vida da população. “O governador Leite e agora Ranolfo, assim como o governo Melo, querem privatizar a Corsan e o DMAE, e nós já vimos como termina isso, com a privatização da Eletrobrás e da CEEE. Em Porto Alegre agora, com qualquer chuva, as comunidades ficam cinco dias sem luz e a tarifa subiu muito. Imagine a água virando mercadoria e as pessoas tendo que pagar preço de gasolina pela água?”, alertou o dirigente.

“O Rio Grande do Sul não deve andar na contramão do mundo. Centenas de cidades estão reestatizando os serviços de saneamento por ficarem piores e mais caros nas mãos das empresas privadas, como ocorre agora com a Equatorial, que assumiu a CEEE-D”, colocou o presidente do Sindiágua/RS, Arilson Wünsch.

Texto: Amanda Zulke, com edição de Manoela Frade

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