SindBancários orienta colegas do HSBC a pressionar Banco Central por garantia de empregos. Saiba como participar aqui

O SindBancários, atendendo a sugestão da Comissão de Organização dos Empregados do HSBC (COE HSBC), está orientando os colegas do banco inglês de sua base territorial a utilizar as redes sociais e o site oficial do Banco Central do Brasil (BC) para se manifestarem em uma campanha de resistência e defesa dos empregos. Desde que a direção do HSBC anunciou a intenção de venda dos ativos do banco no Brasil e na Turquia, em 9 de junho passado, colegas do banco têm relatado muita preocupação com o seu futuro e com a perda de clientes. Precisamos, nesta hora, pressionar para que o Banco Central assuma um compromisso de incluir na negociação um compromisso assinado e documentado de manutenção dos empregos que inclua o HSBC e o futuro comprador.

Para que possamos ter repercussão e construir uma agenda de compromisso em defesa dos empregos, a participação de todos é fundamental. Para registrar a sua manifestação, basta acessar à página oficial do banco na internet (veja instruções ao final desta reportagem) e registrar sua mensagem no twitter e facebook. Sugerimos a utilização da hashtag #queremosnossosempregosnohsbc

O diretor do SindBancários, da Fetrafi-RS e integrante da COE HSBC, José Orlando Ribeiro, afirma que a mobilização é importante neste momento em razão de haver apoios à causa dos trabalhadores no Senado e uma CPI que investiga os desdobramentos das denúncias de corrupção na sede suíça do banco. Na semana passada, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acompanhou diversas reuniões dos trabalhadores com representantes do HSBC e com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

“Estamos trabalhando muito para construirmos uma agenda institucional de compromisso. Nas reuniões periódicas entre a direção e a COE já avançamos. O banco assumiu o compromisso público de não fazer demissões de se reunir com os dirigentes a cada 15 dias. Mas, para nós, isso não basta. É preciso que esse compromisso seja documentado e que o Banco Central cumpra o seu papel de fiscalizar a venda e garantir compromissos de manutenção dos empregos junto ao novo controlador”, explicou José Orlando, que é funcionário do HSBC.

O diretor do SindBancários, Jorge Lucas, conta que os colegas da base do SindBancários estão muito preocupados. “Os colegas precisam consultar os informativos do Sindicato para se informar com precisão sobre os desdobramentos da venda do HSBC. Há muita informação desencontrada. Temos que, todos juntos, fazer a nossa parte. Nos manifestar e cobrar uma postura institucional do Banco Central é muito importante agora”, diz Jorge Lucas.

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, reconhece que o momento é de incertezas. Ele afirma que o SindBancários está acompanhando os desdobramentos da defesa que as entidades sindicais têm feito e participando diretamente. “Gostaria de lembrar que o dirigente José Orlando está participando presencialmente das reuniões. Nesse momento, pressionarmos o Banco Central é a forma mais eficaz de lutarmos para preservar os empregos”, diz Gimenis.

O presidente do SindBancários lembrou que a Campanha Nacional dos Bancários deste ano já começou. E o tema HSBC será uma das pautas de luta de nossa mobilização. “O banco tem anunciado que o desfecho da negociação pode sair só em 2016. Mas nós sabemos que isso pode mudar de uma hora para outra. Peço que os colegas do HSBC fiquem atentos às nossas orientações. O Sindicato está à disposição para ajudar”, diz Gimenis.

Uma das questões que têm afetado o ambiente nos locais de trabalho diz respeito a denúncias de que houve um aumento da pressão por metas abusivas nas agências. Os colegas estão muito preocupados com a perda de clientes que possam migrar para outros bancos neste momento. O banco também pode usar o clima de medo para ampliar a pressão e as metas abusivas. Por isso é importante que os colegas denunciem para que possamos agir institucionalmente. O Sindicato está à disposição.

“Queremos deixar claro para os colegas que nenhum deles é culpado de nada do que está acontecendo. Precisamos dessa competência dos colegas para transformarmos nossas ações conjuntas em força para defender o nosso futuro”, acrescentou Gimenis.

Participe da campanha #queremosnossosempregosnohsbc nas redes sociais

Caminho pra defender os empregos no site do Banco Central

Digite ou clique aqui: migre.me/qCsZV

> Você também pode entrar no site do Banco Central www.bcb.gov.br

> Clique em fale conosco

> Na página “Atendimento ao cidadão”, clique no ícone “Reclamações contra instituições financeiras e administradoras de consórcio”

> Após esses procedimentos, deixe mensagem em espaço reservado para texto.

Atenção

O registro da reclamação no site do Banco Central exige número de CPF.

Twitter do

@bancocentralbr

Facebook

https://www.facebook.com/pages/Banco-Central-do-Brasil/112485648767183?fref=ts

Jornada em defesa dos empregos no HSBC

9 de junho: SindBancários realiza ato na superintendência do HSBC, em Porto Alegre, após imprensa tradicional anunciar corte de 50 mil empregos no Brasil. Nosso ato desmentiu essa informação, esclarecendo que no Brasil, esse volume de demissões é impossível. Haverá apenas a transferência de carteira de funcionários nesses países para os novos compradores.

10 de junho: HSBC diz à Contraf-CUT que não haverá demissões em massa.

24 de junho: Dirigentes sindicais em reunião com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), no Palácio do Planalto, em Brasília, solicitaram apoio do governo federal na proteção dos empregos.

26 de junho: COE HSBC reúne em Curitiba dirigentes de todo o país.

29 de junho: Contraf-CUT e COE HSBC exigem documento que garanta manutenção do emprego no HSBC.

30 de junho: Bancários participam de Ato Global em defesa dos empregos no HSBC em Curitiba.

30 de junho: O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) garante wue vai atuar na venda dos ativos do HSBC no Brasil.

30 de junho: Bancários do HSBC de toda a América Latina se unem em defesa do emprego.

1 de julho: Banco Central firma compromisso com dirigentes sindicais de avaliar impacto social da venda do HSBC.

2 de julho: Contraf-CUT solicita informações ao Banco Central sobre venda do HSBC no Brasil.

Tudo tem limite

Denuncie agora precariedade no seu ambiente, assédio moral e pressão por meta abusiva. Nós garantimos o anonimato.

O procedimento é este:

1) Entre em contato com o Sindicato pelos nossos canais de informação e denuncie.

(51) 3433-1225

[email protected]

Leia íntegra da carta da Contraf-CUT ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

 “Diante da competência do Banco Central do Brasil para ‘exercer a fiscalização das instituições financeiras’, bem como, o direito preconizado na Lei de Acesso a Informação acima referida, a Confederação requerente na qualidade de entidade sindical de grau superior e legítima representante da quase totalidade dos trabalhadores bancários do país, preocupada com os desdobramentos do possível encerramento das atividades do Banco HSBC, e ainda:

Considerando as declarações emitidas por parte dos dirigentes do Banco HSBC, e amplamente repercutidas nos meios de comunicação, acerca do encerramento das atividades do referido banco em território nacional, com o consequente fechamento de mais de 50 mil postos de trabalho e as terríveis consequências advindas às famílias destes milhares de trabalhadores atingidos;

Considerando o silêncio do Banco HSBC sobre as formas e condições em que tais postos de trabalho serão fechados, desde a resolução dos contratos de trabalho vigente com seus trabalhadores bancários, até a situação dos benefícios concedidos que deverão, por força legal, perdurar para além do término da relação empregatícia (por exemplo a extensão do convênio médico previstas na Lei nº 9.956, de 3 de junho de 1998 que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde);

Considerando a recente declaração feita pelo Presidente do Banco Central do Brasil, Sr. Alexandre Tombini, em reunião realizada no dia 1º de julho do corrente ano, com representantes dos trabalhadores bancários do HSBC, inclusive com a presença de representantes da Confederação solicitante, qual seja:

“Apesar de ser uma transação entre bancos privados, nós temos uma série de medidas que podem ser aplicadas para resguardar a sociedade. Temos remédios para o caso de danos extremos. Nós partimos do princípio de que não é um banco que está saindo falido, mas sim, que resolveu fechar suas operações no País e pode voltar daqui uns anos. Acreditamos que irão existir sinergias, o que é muito bom para a população e trabalhadores”.

Sendo assim, diante de tais considerações e da manifestação desta instituição, por meio de seu Presidente, a Confederação solicitante requer lhe seja disponibilizada TODAS as informações que, por qualquer meio, estejam à disposição do Banco Central do Brasil sobre a situação do Banco HSBC, especificamente no que se refere à sua decisão, de caráter público e notório, de encerrar total ou quase que totalmente suas atividades no Brasil.

Em especial, solicita com base no permissivo legal já citado as seguintes informações:

Há qualquer comunicação por parte do Banco HSBC dirigida ao Banco Central do Brasil referente à decisão de encerrar, parcial ou totalmente, suas atividades no Brasil? Em caso positivo qual o teor de tal comunicação?

O Banco Central do Brasil possui qualquer informação acerca das negociações que, eventualmente, estejam sendo feitas para a aquisição dos ativos ou de mesmo de parte do Banco HSBC, por parte de outra instituição financeira nacional ou estrangeira? Em caso positivo qual o teor dessas informações?

O Banco Central do Brasil foi informado, por qualquer meio, acerca da forma, data e maneira como o Banco HSBC pretende encerrar os contratos de trabalho de seus trabalhadores bancários? Em caso positivo qual o teor dessas informações?

Tendo em vista a urgência das respostas às solicitações de informações acima elencadas, dada a enorme repercussão social decorrente da ruptura dos milhares de contrato de trabalho dos bancários do Banco HSBC, solicita-se urgência no encaminhamento das respostas que poderá ser feito por meio do endereço eletrônico: [email protected]

Fonte: Imprensa SindBancários

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