SindBancários empossa delegados sindicais para gestão 2023

Badesul, Banco do Brasil, Banrisul e Caixa são representados por 73 bancários

O SindBancários realizou, nesta quinta-feira, a primeira atividade de formação do ano, no auditório da sede da entidade. Na ocasião, foram empossados os 73 delegados eleitos para representar os trabalhadores do Badesul, Banco do Brasil, Banrisul e Caixa Econômica Federal na gestão 2023.

Os encontros serão realizados mensalmente e, ao longo deste ano, em que o Sindicato completa nove décadas, o foco será o resgate histórico da entidade. A atividade de hoje foi organizada pelo setor de Formação, coordenada pelos diretores Jairo Soares e Itamara Brum, e contou com a participação do funcionário Péricles Gomide, historiador, e condução de Anderson Campos, sociólogo responsável pelas formações. 

Na primeira etapa, os bancários e bancárias receberam explicações sobre a função de delegado sindical. Anderson ressaltou a importância dos representantes como elo entre o Sindicato e os trabalhadores da base. “Aqui nós compartilhamos experiências para ajudar vocês a detectarem problemas nos locais de trabalho, como situações de assédio, e saber como proceder nesses casos”, afirmou.

Péricles foi o responsável pelo levantamento histórico, trazendo informações sobre a categoria e o movimento sindical como um todo. Ele citou momentos relevantes do meio bancário, como a primeira conquista, a carga horária de seis horas. “Antes, no comércio, se trabalhava 10h por dia, num total de 90 horas por semana”, informou.

No que se refere ao SindBancários, Péricles destacou o primeiro piquete realizado, em agência do Banco do Brasil no Centro de Porto Alegre. “O banco funcionava num prédio pequeno ao lado da prefeitura e não tinha banheiro, os trabalhadores precisavam ir até o Mercado Público pra fazer suas necessidades”, contou.

Conforme ele, os sindicatos surgiram da necessidade de “defender o óbvio”, motivado por fatores ideológicos, como lutar por reajuste salarial, já que os bancários passaram 20 anos sem receber sequer reposição da inflação. “Não haviam direitos trabalhistas, ocorriam demissões e os trabalhadores não recebiam nada, por isso era organizada uma caixinha, para ajudar quem era demitido a se manter”, recordou.

Na época, o que ocorria era um “sindicalismo salvacionista”, surgido das grandes greves gerais. Com a Revolução de 30, foi implementado o imposto sindical e as entidades foram regularizadas, passando a efetuar homologação de demissões e atuar para promoção do bem-estar dos trabalhadores.

Ao final da primeira etapa do encontro, as diretoras Priscila Aguirres e Simoni Medeiros explicaram aos presentes sobre a campanha “Veta, Melo”, contra a aprovação do PL 244/2022, que desobriga a instalação de portas de segurança nas agências bancárias da Capital. Elas convidaram o grupo a se somar ao ato realizado no dia de hoje, denominado “Caminhada da Morte”, para alertar a população sobre os riscos caso o projeto seja promulgado. 

Conversas específicas por banco 

Depois do ato, os representantes almoçaram no sindicato e retomaram a atividade de formação com a entrega dos certificados. Divididos em grupos por bancos, dialogaram sobre pautas específicas de cada instituição e seu papel na defesa e união da categoria. Temas mais amplos que afetam os bancários compuseram as conversas junto de assuntos do cotidiano em cada banco. 

No que afeta os banrisulenses, com maior número de delegados sindicais, foram levantadas pautas como o PPR – Programa de Participação de Resultados, questionamentos acerca do novo Plano de cargos e salários e a contratação de novos empregados da TI, além de esclarecimentos sobre políticas da atual gestão do banco público e perspectivas para o próximo ano. 

Participaram da roda os dirigentes banrisulenses Luciano Fetzner, presidente do Sindicato, Silvia Chaves, secretária-geral da entidade, Itamara Brum, da pasta de Formação, e Sergio Hoff e Fabio Dellanhese, diretores da Fetrafi-RS. 

Na Caixa, bancárias e bancários empossados como delegados ouviram as dirigentes Caroline Heidner, Sabrina Muniz e Simoni Medeiros sobre a nova gestão da instituição, agora com Rita Serrano como presidenta, e as resoluções para o combate ao assédio institucionalizado – um dos grandes assuntos do último ano na Caixa, após o episódio Pedro Guimarães. As diretoras também trouxeram o tema da segurança bancária com o programa Agiliza, já denunciado em atos pelo movimento sindical, e o PL que desobriga a instalação de portas giratórias nas agências bancárias da Capital.

O grupo de delegados do Badesul conversou com a diretora Ana Guimaraens sobre as atividades sindicais e as pautas específicas da agência de fomento. Entre os pontos debatidos estão a lei do Badesul, que poderá ser alterada, a retomada das negociações de teletrabalho, ponto eletrônico e banco de horas e a sabatina do futuro presidente do Badesul, Cláudio Gastal, bem como o processo de nomeação do Diretor Funcionário, que tem sido cobrado pelo movimento sindical. 

No Banco do Brasil, a diretora da Fetrafi-RS Priscila Aguirres orientou o grupo quanto aos casos de assédio no banco, denúncias e pedidos de orientação. Os bancários do BB também conversaram sobre adoecimento e descumprimento de normas – alguns dos problemas levantados pelos funcionários da instituição. 

Delegada pela primeira vez, a bancária do Banrisul Regina Silveira contou que o que a motivou para candidatar-se a representante sindical é ser um elo entre os dirigentes e os colegas, para que se possa manter os direitos da categoria, que vêm sendo ameaçados dia após dia. “Também quero tentar motivar o engajamento dos funcionários que trabalham nas agências em seu cotidiano habitual para que formemos uma força única e lutemos por nossas conquistas, que só serão alcançadas pela união dos colegas”, explicou a bancária, que é funcionária do banco público do RS há 33 anos.

Imprensa SindBancários (Camila Kila e Amanda Zulke)

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