SindBancários e Fetrafi-RS estudam medidas cabíveis para proteger bancários de caos na segurança do Estado

Uma agência do Banco do Brasil totalmente incendiada em Barra do Ribeiro depois que criminosos arrombaram caixas eletrônicos com maçarico. Agência do Bradesco no Centro de Canoas alvo de explosão por dinamite. Quadrilha que atacou duas agências, usando moradores da cidade de Maximiliano de Almeida com escudos humanos e armados de fuzis.

Este é o cenário de caos na segurança do Estado depois que o governador José Ivo Sartori receitou o corte de salário do funcionalismo público como saída para a histórica crise financeira que assola o Rio Grande do Sul há pelo menos duas décadas. As agências do Banco do Brasil e do Bradesco citadas acima fazem parte da onda de violência que assola o Estado desde agosto e que foram alvo de quadrilhas no feriado de Sete de setembro quando houve oito ataques a bancos. Em Maximiliano de Almeida um a quadrilha fez reféns na tarde de quarta-feira, 9/9.

Nos nove dias de setembro já são 14 ataques a bancos em todo o Estado. É um ataque abanco a cada 15 horas. Trata-se de uma tendência de crescimento da violência iniciada em agosto. No oitavo mês do ano houve recorde de ações de criminosos no RS. Foram 34 ações. Foi o mês mais violento desde setembro de 2006, quando houve 29 ataques a bancos, segundo o levantamento realizado pelo SindBancários.

Abertura e fechamento de agências

Muitos bancários têm entrado em contato com o SindBancários e com a Fetrafi-RS, relatando insegurança em relação à vulnerabilidade de agência e à falta de policiamento ostensivo. Os colegas relatam ausência de policiais militares nas ruas de Porto Alegre e Região em todo o Estado.

Lembrando que o Sindicato e a Fetrafi-RS entraram com dois pedidos de liminares nos últimos dois meses que foram acolhidas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-4ª Região). O Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, ministro João Batista Brito Pereira, concedeu liminar em Correição Parcial para determinar a suspensão dos efeitos do despacho de um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) que havia determinado que as instituições bancárias não abrissem agências e postos bancário, em caso de inexistência de policiamento ostensivo, em todos os municípios do Rio Grande do Sul.

O Sindicato e a Fetrafi-RS discordam do conteúdo do despacho do corregedor-geral e vão questionar a decisão. As entidades entendem que o policiamento ostensivo inexiste no Estado que torna bancários e clientes vulneráveis à ação de criminosos.  “Estamos diante de um total estado de caos na segurança pública. A comprovação de que inexiste policiamento ostensivo são os dados de recrudescimento da violência. Entendemos que a decisão do ministro do TST coloca em risco a segurança dos bancários”, avaliou o assessor jurídico do Sindicato, o advogado Antônio Vicente Martins.

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, acrescenta que há farta disponibilidade de dados que comprovam a vulnerabilidade dos trabalhadores de agências bancárias e da sociedade. “Os jornais tradicionais, desde a terça-feira, 8/9, indicam a existência de uma correlação entre os cortes de salários realizados pelo atual governo do Estado, especialmente dos servidores da segurança pública, e o crescimento de casos de homicídios, assaltos e da violência bancária. Vamos questionar essa decisão tão logo sejamos notificados judicialmente”, afirmou Gimenis.

A foto que ilustra esta reportagem revela o efeito dos cortes de investimento na segurança pública e nos salários de servidores públicos. A agência do Banco do Brasil de Barra do Ribeiro ficou inutilizada. “A cidade está sem Banco do Brasil. Os colegas foram realocados para outras agências em cidades vizinhas, assim como os clientes. A situação é desoladora. Os colegas estão apavorados e pedindo para que o Sindicato feche agências”, afirmou diretor de formação do SindBancários e funcionário do Banco do Brasil, Julio Vivian.

O diretor Luis Soares também esteve no local do incêndio da madrugada da segunda-feira, 7/9. “As agências bancárias ficam próximas umas das outras no centro de Barra do Ribeiro. Os bancários veem uma agência destruída ao lado e ficam  imaginado que estão muito vulneráveis. O medo tomou conta dos colegas. Não há condições de trabalho”, avalia Luis Soares.

Veja a relação de ataques a bancos abaixo desde 2006.

https://www3.sindbancarios.org.br/wp-content/uploads/2015/09/09092015.pdf

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