Lideranças de servidores estaduais discutem reação e greve geral contra política de Sartori
Em situação de desespero com a política neoliberal plena de Sartori, que ameaça pagar valores salariais de no máximo R$ 1.800,00 neste mês, com complementos menores em agosto, as entidades de servidores públicos do estado realizam nesta quarta-feira uma assembleia geral na sede do Cpers, em Porto Alegre, às 16h. Uma das possibilidades é que seja definida uma greve geral do funcionalismo em agosto.
“A reunião de emergência vai definir uma postura comum das 40 entidades que estão mobilizadas. O governo nos chama para a briga e a responsabilidade do que acontecerá é toda do governador”, diz o presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud. A situação também provoca a reação dos professores e dos trabalhadores da segurança pública, entre outros setores.
Insegurança Pública
Falando ao Correio do Povo, delegados de Polícia e oficiais da Brigada Militar, líderes das corporações, definiram que agirão em conjunto sobre pautas comuns às categorias. “O governo não está percebendo que vai perder o controle da segurança pública, se mantiver esse clima de terror e apreensão sobre quem comanda a segurança no Estado”, afirmou o presidente da Associação dos Delegados de Polícia, delegado Vilson Müller. Em nota distribuída, delegados e oficias da BM garantem que farão a primeira assembleia-geral conjunta na história das categorias.
Ameaça aos salários
Na avaliação do presidente da Associação dos Oficiais da BM, coronel Marcelo Frota, “a falta de informação e o insistente ataque aos servidores pela ameaça aos salários representam algo ainda mais grave que as falhas estruturais”, desabafou.
Greve geral
Na verdade, a situação de caos criada pelo governo Sartori poderá desembocar numa imensa greve geral do funcionalismo. O Cpers-Sindicato, segundo sua presidente Helenir Aguiar Schürer, já tem um ato marcado para o próximo dia 18 de agosto, reunindo 40 mil pessoas na Capital em ato contra o governo. Apenas entre professores e servidores de escolas públicas a categoria poderá reunir cerca de 40 mil pessoas na Capital em ato contra o governo estadual. “Não vamos tirar nosso foco do dia 18. Este governo está nos empurrando para greve e neste ato poderá ocorrer a deflagração”, avisou Helenir.
Caso a greve seja decretada, outros sindicatos já confirmaram que participarão.