Sequestro de família de bancária em Novo Hamburgo é marca terrível em ano mais violento da década

Nunca, desde que o SindBancários começou a realizar levantamento dos casos de ataques a bancos no Rio Grande do Sul, em maio de 2006, registramos tantos ataques nos primeiros 10 meses do ano. Até a sexta-feira, 2/10, portanto, dois dias de outubro, o volume de ataques a bancos chegou a 189. De 1º de janeiro a 2 de outubro deste ano, ocorreram 41 ataques do que no mesmo período de 2014, o que representa 27,7% de aumento. Setembro deste ano se encerrou com registro de 24 ataques em todo o Estado.

E mesmo que contemos os casos de ataques a bancos dos 10 meses completos de 2014 (169), este ano já supera em 20, sendo o mais violento da década. E os dois primeiros dias de outubro já registraram cinco ataques. O SindBancários vem alertando as autoridades para uma escalada perigosa de violência. No início de agosto de 2015, policiais militares se aquartelaram porque o governo Sartori fatiou os salários. Em setembro ocorreu o mesmo. Esses dois meses juntos, registraram 68 ataques a bancos. Só em agosto houve 34, recorde absoluto.

“Entramos com duas liminares que foram acolhidas pela Justiça do Trabalho e impediam os bancos de abrir. As medidas protetivas foram importantes, mas nós sabemos que há outros fatores que garantem segurança. É só fazer as contas e ver os nossos dados. Os dois meses de corte de salário e falta de policiamento foram os mais violentos da década. Um governo de Estado tem que investir em gasolina para viatura, em horas extras para policiais civis e militares e pagar o salário inteiro de todo o funcionalismo, porque quem sofre são aqueles que mais precisam do serviço público. Agora teve um sequestro em Novo Hamburgo. Há uma escalada de violência ameçando os bancários e seus familiares”, explicou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.

Sequestro

A Polícia Civil confirmou que o marido e o filho de colega do Banrisul de Novo Hamburgo foram alvos de um sequestro na sexta-feira, 2/10. Eles foram feitos reféns por um grupo criminoso. Pela manhã, o filho do casal foi abordado por três criminosos quando saía de casa em direção a escola, perto das 7h30min. Ele, então, foi obrigado a voltar para dentro da casa, onde os assaltantes renderam os demais familiares e exigiram uma quantia, ainda não revelada, em dinheiro.

Para liberar pai e filho, o bando mandou a funcionária do banco a seguir normalmente para o trabalho e esperar pela negociação do resgate. Durante as negociações, os reféns foram levados para um cativeiro. Por volta das 14h30min, ambos foram soltos nas imediações do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, avaliou que os bancários estão vulneráveis à violência crescente. Com base no levantamento realizado pelo Sindicato, Gimenis disse temer a volta dos sequestros. “Todo e qualquer caso de ataque a banco é perigoso e deixa os colegas bancários apavorados.

“Quando os criminosos abrem um caixa eletrônico com maçarico, há risco de incêndio, como o que aconteceu com uma agência do Banco do Brasil em Guaíba e com outra do Bradesco em Porto Alegre. Quando explodem um caixa eletrônico, vidas ficam em risco porque, em muitas agências, há pessoas que moram no andar de cima. No caso de sequestro, é uma tragédia porque há um trauma terrível para a vítimas e seus familiares”,  afirmou Gimenis.

https://www3.sindbancarios.org.br/wp-content/uploads/2015/10/02102015.pdf

Fonte: Imprensa SindBancários

 

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