Sem debater com representantes dos trabalhadores. Sem sequer negociar eventuais realocações de colegas. Sem avisar e sem mostrar nenhum tipo de consideração com os funcionários, aqueles que são os verdadeiros responsáveis pelo lucro líquido de R$ 11,1 bilhões do BB em 2017. Foi assim que a direção do Banco do Brasil, que fica a milhares de quilômetros de Porto Alegre, em Brasília, fez para fechar a tradicional agência Majestic no Centro de Porto Alegre na semana passada.
Localizada na rua Sete de Setembro, 790, a agência fechou as portas de surpresa, mudando a vida de vários clientes e de funcionários, na terceira semana de fevereiro. Não vamos nos enganar. Essa é o início da segunda fase da reestruturação, ou melhor, do golpe da reestruturação, que fecha agências, extingue postos de trabalho e enfraquece o banco público para entregar a banqueiro privado.
A diretora do SindBancários e funcionária do Banco do Brasil, Bianca Garbelini, esclarece que o significado dessa decisão unilateral se transformou em uma prática desde que o governo Temer assumiu e que agora aplica um golpe atrás do outro. “Basta ir em uma agência bancária para saber que o assédio moral e as cobranças por metas abusivas no Banco do Brasil cresceram desde que o Temer assumiu como presidente. Trata-se de uma ideologia de partido político. Cada vez que políticos que só pensam em vender empresas públicas e retirar direitos dos trabalhadores assumem o comando do país, a ditadura das decisões unilaterais e sem debates é colocada em prática. É o que está acontecendo no Banco do Brasil”, explica Bianca.
Fonte: Imprensa SindBancários