“Rio Grosso do Sul”: a volta campeira de Bier

Novo livro do cartunista será lançado no Clube de Cultura, em Porto Alegre, no dia 17

Quem já está acostumado a se divertir com os cartuns e ilustrações que – há quase 30 anos – Augusto Franke Bier publica nos veículos de comunicação do SindBancários, agora pode-se preparar para rir muito, e pensar no conteúdo, dos novos trabalhos do chargista. “É que na próxima terça-feira, 17, eu vou lançar meu livro mais recente”, conta o artista.

São 145 páginas de desenhos que retratam o dia a dia campeiro, gaudério, do Interior do Rio Grande, mas tudo atravessado pelo amor, o tesão e a sexualidade (além de uma certa escatologia que caracteriza o humor de Bier), reunidos em “Rio Grosso do Sul”, da Coleção Gato Preto, lançado pela Ideograf.

Clube de Cultura

A sessão de autógrafos e risadas acontece a partir das 19h do dia 17 no Clube de Cultura (Av. Ramiro Barcellos, 1853, no Bairro Bom Fim, em Porto Alegre), ao preço de R$ 35,00 o exemplar. “Este é o meu quarto livro individual”, enumera ele. Os dois primeiros, ao contrário do atual, tinham um personagem principal, o Alemão Blau, com as trapalhadas e características típicas de um “colono” teuto-gaúcho. Já o terceiro livro, para surpresa de muitos leitores, revelou um lado lírico e suave do artista: “Serenata para uma janela fechada”, reunindo suas poesias.

Já o atual – “Rio Grosso do Sul” – não desaponta quem aposta na pegada debochada e sacana do desenhista. Porém, muita calma nesta hora: ele tem uma elaboração teórica sobre as charges de sexo, nojeira, bestialismo (sexo com animais) e malícia. “A escatologia sempre foi uma marca minha”, diz. Ele lembra que outros cartunistas utilizam também a figura do gaudério, como Santiago – que é uma de suas influências assumidas e assina o prefácio de Rio Grosso do Sul.

Testando os limites

Diz aí, Bier: “Mas eu radicalizo a figura do gaúcho campeiro e vou testando os limites da censura – ou da liberdade – que cada um tem. Se existe algum tema tabu para mim , eu não me lembro”, revela, com ironia, o cartunista. “No meu modo de ver, tudo que é humano está a mercê do riso”, pontua. “Por isso, tenho trabalhos com temas politicamente incorretos, como a zoofilia, ou a genitália masculina. Mas também crio e publico desenhos pueris e poéticos”, faz questão de lembrar.

Me chamam de grosso”

Na visão de Bier, muitos gaúchos tradicionalistas brincam com a própria “grossura”, exagerando, num estilo fanfarrão. “Eles praticamente pedem para serem gozados”, avalia o chargista. “Mas sempre tem um risco: tanto eles podem rir quanto te matar”, avalia ele.

Riso espantado

Mais civilizadamente, o que se pode garantir é que lendo e apreciando o novo livro de Bier ninguém vai ficar impassível – seja para rir, seja para se espantar.

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