Alterações desrespeitam normas definidas no estatuto alterado
O que mudou
O estatuto que a Funcef quer implantar reduz, de seis para quatro, o número de diretorias e altera o processo eleitoral para a escolha de integrantes de metade do Conselho Deliberativo (CD), do Conselho Fiscal (CF) e da Diretoria-executiva. A eleição deixa de ser disputada por chapas de candidatos a todos os cargos em disputa e passa a ser individual, cada um por si.
Contra os princípios
“O novo estatuto contraria todos os princípios que norteiam o código de conduta e ética da própria Fundação. Visto que a mudança viola o Estatuto da Funcef, aprovado em 2007. E mais, a mudança facilita que a Caixa crie ou acabe com planos, retire o patrocínio e altere o limite de suas próprias contribuições (quebra da paridade)”, criticou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
O trabalhador é quem paga a conta
“Com essa alteração irregular, a Funcef segue a mesma linha do governo Bolsonaro: toma medidas que prejudicam os trabalhadores, mesmo que de forma irregular, e deixa que eles briguem na Justiça pelos seus direitos. Com isso, ele onera os órgãos da Justiça e cria um passivo judicial a ser resolvido em governos futuros. Ou seja, o ‘rombo’ fica para um próximo presidente, não para ele. Com a Funcef está acontecendo a mesma coisa. E, como os custos da Funcef são pagos pelos participantes, jogarão as contas sobre quem hoje já está sendo prejudicado. Isso é, no mínimo má-gestão, pra não falar que é gestão temerária”, explicou a dirigente da Contraf-CUT.