Porto Alegre tem estado de emergência reconhecido por governo federal

Capital do RS é primeira cidade a obter reconhecimento da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa para a Covid-19. Mesmo com subnotificação, PoA já contabiliza 334 casos da doença

A capital gaúcha é a primeira cidade do país a obter o reconhecimento da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil para a doença. A portaria 802 de 1° de abril de 2020 foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje, 02/04.  Com isso, em tese Porto Alegre, garantirá acesso a recursos federais (através do Ministério de Desenvolvimento Regional), além de usufruir de benefícios como dispensa licitatória, reorganização orçamentária, liberação do FGTS, entre outras ações. Mas a  desorganização de autoridades sanitárias do RS e de outros estados causa confusão e subnotificação dos casos da pandemia.

Novos casos no RS

Embora os números da pandemia de coronavírus em todo o Brasil, no RS e na Região Metropolitana, estejam sendo tratados com certa desconfiança pelas autoridades médicas, pois é muito grande o número de subnotificações, a Secretaria Estadual da Saúde atualizou seus dados na manhã desta quinta-feira. Conforme as informações da Saúde estadual, o Rio Grande do Sul já contabiliza 334 casos da Covid-19.

Os últimos registros a ingressarem na lista da Secretaria Estadual foram os 18 casos identificados pela rede privada de Porto Alegre. Dos casos confirmados, 208 são de Porto Alegre.

Muito cuidado nessa hora

No entanto, são números que precisam ser observados com cuidado, como no resto do país. Equipes de atenção básica alertam que há uma “gigantesca subnotificação” de casos suspeitos de infeção pela Covid-19 em todo o Brasil.

Conforme reportagem da Folha de S. Paulo, em alguns estados e municípios, chega-se a um – apenas 1 – caso informado para cada 30 ou mais, em episódios nos quais os pacientes podem estar doentes sem que as ocorrências sejam reportadas em nível federal.

Mascarando a realidade

Os principais motivos para este problema, que mascara a realidade da pandemia e prejudica as providências necessárias no estado e no Brasil, são três. Um é a citada subnotificação de episódios suspeitos, por autoridades médicas locais. A segunda razão – tão prejudicial quanto – é a inexistência, até o momento, de uma portaria específica do Ministério da Saúde sobre quais casos devam ser considerados confirmados ou suspeitos.

Por último, mas tão ou mais importante, verifica-se a falta de kitts adequados para os testes. Estas falhas, negligências e desventuras em série têm feito – segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) – com que muitos doentes simplesmente não apareçam nas estatísticas. A SBMFC, vale destacar, representa 6.000 médicos atuando em 47,7 mil equipes de atenção básica em todo o Brasil.

Assim, na ausência de portaria específica do Ministério comandado por Luiz Henrique Mandetta, os médicos que reportam os casos precisam se guiar em notas técnicas da vigilância epidemiológica de seus municípios ou estados, que diferem umas das outras —impedindo que haja dados nacionais homogêneos.

Bancários

“Todos os gaúchos e gaúchos, e em especial os bancários que trabalham em contato com o público, esperam que com este reconhecimento oficial da gravidade da pandemia em Porto Alegre e Região, as autoridades encaminhem mais recursos a cidade. O quadro precisa mobilizar não só os cuidados da população, mas os empresários e banqueiros a disponibilizarem equipamentos de proteção, álcool gel, máscaras e luvas para a categoria, que em boa parte segue atendendo nas agências”, lembra o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.

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