A Polícia Civil iniciou na manhã desta quinta-feira, 23/02, operação contra uma organização criminosa especializada em ataques a bancos com uso de explosivos no Rio Grande do Sul. Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em Porto Alegre, Guaíba, Alvorada e Viamão. Quatro pessoas já foram presas, incluindo dois adolescentes.
A quadrilha que foi alvo da operação policial nesta quinta-feira, teria atacado ao menos cinco bancos no Rio Grande do Sul em 2016. Esta é a informação divulgada em entrevista coletiva de integrantes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) após a ofensiva chamada de Bird, que terminou com a prisão de quatro pessoas. Dois adolescentes foram apreendidos e encaminhados ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca).
O diretor do Deic, delegado Rodrigo Bozzetto, relatou que o líder da quadrilha, considerada violenta e bem articulada, não foi preso. O homem é conhecido pelo apelido de Passarinho. “Ele é quem comanda o grupo e já é alvo de investigações faz um bom tempo. Hoje não conseguimos capturá-lo, mas a investigação irá prosseguir. É bom frisar que a operação foi um sucesso porque quatro pessoas foram presas e houve uma apreensão muito grande de explosivos. Mais de 30 quilos de explosivos”, disse.
O titular da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado João Paulo de Abreu, afirmou que a quadrilha atuou em diversas cidades gaúchas. “Em 2016, a Polícia Civil investigou uma série de fatos que ocorreram em Arroio dos Ratos, Bom Retiro do Sul, Barão do Triunfo, Eldorado do Sul e General Câmara que foram protagonizados por essa quadrilha. Inclusive, em Arroio dos Ratos, entramos em confronto, mas eles conseguiram escapar”, explicou em entrevista.
Pela quantidade de explosivos apreendida, os investigadores acreditam que a quadrilha tinha potencial para realizar mais ataques em 2017. O grupo ficou conhecido por roubar bancos com violência e conseguia escapar das agências com o auxílio de cordões humanos, formado por clientes e funcionários das instituições bancárias.
Novo Cangaço
Na verdade, esta quadrilha é uma das que utiliza a estratégia que vem sendo chamada de “Novo Cangaço”, em que atemoriza a população de pequenas cidades com tiros, explosões, armamento pesado e utilização de reféns, no ataque a agências bancárias. Na ação desta manhã, os policiais apreenderam dinamite, armas e munições. A operação está em andamento.
Fontes: Imprensa do SindBancários com informações da Rádio Guaíba e fotos da Polícia Civil