O Nuances – Grupo pela Livre Expressão Sexual – levou sua militância à frente da Agência Central da Caixa para denunciar um caso de homofobia, nesta quarta-feira, 1º/4. Os militantes, junto com movimentos sociais, cobraram da Caixa um a postura mais pró-ativa para resolver o problema de um colega homossexual que tem sido perseguido, ameaçado e sofrido assédio moral, além de ter perdido função gratificada.
O militante do Nuances, Celio Golin, enumerou uma série de fatos que indicam um caso de perseguição por homofobia ao bancário da Caixa. Segundo Celio, o colega passou por 20 agências bancárias num período de dois anos unilateralmente em sucessivas transferências. “Repudiamos a perseguição institucionalizada que a Caixa vem praticando contra um homossexual que não se calou diante das injustiças que vem vivenciando há cinco anos dentro desta empresa, a Caixa Econômica Federal”, discursou.
O colega também foi excluído de promoção. Chegou a recorrer ao setor de Recursos Humanos, mas não teria sido atendido adequadamente. Por conta disso, teria entrado em um processo de adoecimento por conta de assédio moral e desrespeito. O SindBancários acompanha e está à disposição do colega bancário para ajudar e encaminhar uma solução para os eu caso.
O diretor do Sindicato, Sandro Rodrigues, participou do ato nesta quarta-feira e criticou a abordagem da Caixa em virtude de um Programa de Diversidade criado em 2005. Segundo o dirigente, a premissa deste programa é a criação e manutenção de um ambiente profissional aberto às diferenças e qualidade das relações do público interno com parceiros externos, clientes, fornecedores e colegas de trabalho.
“Outra premissa dentro dessa falácia do Programa Diversidade é combater todas as formas de discriminação e estimular práticas de gestão que promovam a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. O programa de diversidade deveria contribuir para a promoção de um mundo mais justo e solidário em que a instituição funcione efetivamente visando as diferenças que não devem nunca serem excludentes, o que não está ocorrendo”, acrescentou Sandro.
O colega homossexual diz também que foi ameaçado e desafiado a procurar a Justiça do Trabalho. A este conselho sucedeu informe de que estaria cortado dos processos seletivos, não exerceria função gratificada e seria transferido. “As práticas de discriminação, assédio moral e perseguição foi testemunhada e sofrida por ele em diversos setores e agências da empresa. Por todos estes fatos e questões, viemos a público denunciar que não toleramos homofobia, discriminação e violências deste tipo”, concluiu Celio Golin.