Incompetência. Não é teoria da conspiração. Quando um governo assume um estado em crise, ele tem que arranjar soluções para resolver o problema. Mas, quando a solução passa somente pela entrega de patrimônio público, já não podemos mais falar de saídas para a crise, mas de incompetência. Nós, Banrisulenses, não nascemos ontem e nem servimos para otários.
Pois é exatamente o que está acontecendo no Banrisul. O governo do Estado, maior acionista do banco, quer jogar nas costas do povo gaúcho mais um aumento de dívida pública que já pagamos algumas vezes. E como sabemos disso? Ora, basta ver o que Sartori, pela mão da diretoria do Banrisul, tem feito com o nosso banco público.
Criam uma RV5 suspeitíssima sem negociar, sem apresentar sequer uma norma publicada ou um fato relevante. E agora virou regra. Vai pingar a cada seis meses na conta de cerca de 40 superintendentes da DG. Mais de R$ 3 milhões por ano gastos com os amigos do rei. E os outros colegas? Para os outros, é descomissionamento, aumento de metas, falta de segurança com o novo modelo de atendimento.
Defintivamente, não é teoria da conspiração, pois sentimos os efeitos do desmonte na nossa carne. O governo Sartori está desmontando o Banrisul. Não por acaso a consultoria privada tem sido um desastre nas agências. Até fiação eles não conseguem instalar. Treinamento então para novas funções, esqueça!
Tudo isso tem a ver com um processo pensado e arquitetado. O jogo é precarizar os serviços do Banrisul para mostrar à população que o que é público não funciona.
E aí eles atacam pelos flancos. Marcam uma assembleia de acionistas para a terça-feira, 10/4, para que possam mexer no estatuto do Banrisul e vender o que quiserem. Querem entregar ações do banco e, com elas, a governança e as decisões estratégicas para o mercado. E querem fazer isso pelas costas dos Banrisulenses e do povo gaúcho.
E os Banrisulenses nisso tudo? O que está guardado para nós é mais meta, mais PDVs para reduzir o quadro e mais trabalho, com descomissionamento e vantagem para os amigos. Querem nos jogar para escanteio como se fôssemos uma bola de futebol num jongo da quarta divisão.
Vamos mostrar para eles que não vão transformar o Banrisul numa várzea para eles fazerem o que bem entendem.
Jogo de sim ou não da crise do RS
NÃO à entrega do Banrisul
> NÃO precisa vender o Banrisul nem nenhum alfinete do patrimônio público para o RS sair da crise.
> NÃO precisa aumentar a dívida pública total do RS de R$ 50 bilhões para R$ 80 bilhões para sair da crise.
> NÃO precisa fazer IPO da Banrisul Cartões, o filé mignon do Banrisul, para tirar o RS da crise.
> NÃO precisa de regime de recuperação fiscal para entregar a joia da coroa que é o Banrisul para ficar três anos sem pagar dívida com a União.
SIM, mais competência, por favor
> Precisamos SIM é de um Banrisul público e lucrativo, que bata recordes de lucro e ajude os gaúchos a melhorar de vida.
> Precisamos SIM das mais de 600 agências do Banrisul em todo o país para cobrar juros mais baixos de empréstimos e dos cartões de crédito para ajudar as pessoas e os estados a crescerem.
> Precisamos SIM é de uma Banrisul forte, público para ajudar os trabalhadores que mais precisam a ter uma conta e de funcionários que o cliente chame pelo nome nos lugares mais remotos do RS.
> Precisamos SIM de um encontro de contas que reduza da dívida do RS com a União aquilo que o país deve aos gaúchos da Lei Kandir. A dívida cairia 10 vezes.
> Precisamos SIM de mais competência de quem deve resolver as crises e não criá-las.
Reaja, Banrisulense! Participe da vigília no dia da assembleia de acionistas. Dia 10/4 é o dia da gente mostrar nossa indignação!
Fonte: Imprensa SindBancários