Durante toda a manhã e parte da tarde da sexta-feira, 13/3, um grupo de dirigentes sindicais de entidades filiadas à CUT organizaram sua luta para empoderar as mulheres. O Encontro Estadual de Mulheres Cutistas ocorreu no auditório da Casa dos Bancários e, além de definir as 38 delegadas que vão participar do Encontro Nacional de Mulheres Cutistas, de 26 a 29 de março, em Brasília, estabeleceu diretrizes para fortalecer a participação das mulheres nas instâncias de decisão dos Sindicatos.
O Encontro votou diversas moções, analisou e propôs alterações no texto-base no texto-base do Encontro Nacional. Trata-se de um importante espaço de debates para ampliar a inclusão das mulheres no processo de construção de uma política de participação mais ativa e numerosa nas instâncias de decisão sindicais. Como o encontro na sede do SindBancários, muitos outros ocorreram entre dirigentes sindicais de entidades filiadas a CUT em todo o país.
“Estamos buscando mais espaço de empoderamento nas entidades sindicais em nível nacional para que nossas pautas sejam negociadas e encaminhadas nas negociações coletivas”, explicou a diretora da CUT-RS e da Fetrafi-RS, Isis Marques.
Entre as pautas defendidas como prioritárias pelas mulheres cutistas estão a democratização da mídia, o combate ao conservadorismo político e a crítica às MPs 664 e 665, editadas pelo governo federal no início deste ano.
Confira as pautas que estão sendo defendidas pelas mulheres cutistas:
Pautas para Encontro Nacional das Mulheres cutistas
> Democratização da mídia. A mídia não contempla as mulheres, mercantilizando o nosso corpo.
> Um dos nossos desafios é a disputa de valores com o conservadorismo que nos oprime e nos limita
> O Estado se omite no momento que nos retira espaços que tínhamos de construção da nossa pauta, como foi o caso da extinção da Secretaria de Políticas para as Mulheres pelo atual governo do Estado do Rio Grande do Sul.
> Entendemos que não podemos abrir mão de nossos direitos enquanto trabalhadoras no que se refere às MPs 664 e 665, que ao olhar feminista ataca direitos históricos de trabalhadores e trabalhadoras.
> Também somos veemente contra à votação da PL 4330, a PL da Terceirização, que fere totalmente os direitos das trabalhadoras, retira conquistas e precariza as relações de trabalho.
> Compreendemos a necessidade urgente de uma Reforma Política, com financiamento público de campanha e com lista de votação alternada de gênero.
Fonte: Imprensa SindBancários