Marcando em cima – Sartorão sente o bafo do vampiro

O jogo duro que o desgoverno Temer impõe aos estados para renegociar a dívida com a União, está gerando desgaste até mesmo com seus apoiadores, caso do neoliberal José Ivo Sartori, aqui no Rio Grande. Na próxima semana, o autodenominado Sartorão da Massa vai a Brasília para discutir a relação com Temer. Finalmente foi obrigado a reconhecer o que todos os trabalhadores gaúchos já tinham notado: é impraticável para qualquer estado obedecer a tudo o que este governo federal golpista quer.

Sartori e sua base também entenderam – graças a mobilização e a vigilância dos trabalhadores e suas entidades, como o SindBancários – que é muito difícil conseguir vender o Banrisul, como pretendem Temer e seus ministros, Eliseu Padilha e Henrique Meirelles. A maioria dos gaúchos e gaúchas não aceita o fim do banco fundamental ao desenvolvimento do estado. E Sartori também não confia que sua base na Assembleia Legislativa vá conseguir derrubar a exigência constitucional de um plebiscito para poder vender o Banrisul. Mas, nunca se sabe.

O ilegítimo que hoje está no Palácio da Alvorada mostrou suas garras escondidas ao exigir que os governos estaduais – em troca da “ajuda” federal – abrissem mão de cobrar o que Brasília deve, como os reembolsos pela Lei Kandir, além de outras ações que tramitam na Justiça. Por enquanto, ao contrário do governo de MG, Sartori diz que a possibilidade do encontro de contas não existe.

A verdade é que Sartorão, mesmo escondido em seu palácio com seus seguranças, assessores e apoiadores, sente que sua base de apoio fica cada vez mais frágil na sociedade gaúcha. E parte da população que votou nele, hipnotizada com seu discurso de campanha que nada dizia e tudo escondia (“meu partido é o Rio Grande”), hoje chora de desespero por causa de suas medidas desumanas.

Acabou com os concursos públicos e sequer chama os concursados de anos anteriores. Os órgãos públicos sobrevivem cada vez de forma mais precária, sucateados e sem os investimentos e o pessoal necessários. A criminalidade no RS chegou a níveis apavorantes em seu desgoverno, mas ele diz que está tudo tranquilo, tudo favorável, com seu sorriso congelado.

Sua tropa de choque na AL conseguiu acabar com órgãos fundamentais ao desenvolvimento do RS, como as fundações de pesquisa científicas, econômicas e culturais do estado, colocando no olho da rua 1.400 servidores públicos. Congelou e paga de forma fatiada os salários do funcionalismo – professores, policiais e outros trabalhadores.

Hoje, tendo que enfrentar o fogo amigo do governo golpista de Brasília, vai alegar, de rabo entre as pernas, que já fez tudo o que podia, incluindo o que não devia. E que também aumentou a contribuição previdenciária do IPE, subiu o ICMS (o que tinha jurado não fazer) e aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, entre outras coisas.

Agora que seu desgoverno já passou da metade, com sua popularidade pisoteada e o estado em crise, Sartorão ainda pode ser convencido por Temer e sua camarilha a tentar aplicar o golpe derradeiro na autonomia do Rio Grande, mirando o mesmo Banrisul.

Só depende dos gaúchos e gaúchas não permitir isso.

Texto: José Antônio Silva, jornalista

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