Intransigência: BNDES encerra mesa de negociações com empregados

Direção do banco decide não mais negociar com funcionários e quer mediação do TST

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) soltou um comunicado informando que não negociará mais a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados do sistema BNDES com os trabalhadores na mesa de negociações bipartite e que as negociações somente ocorrerão com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

“Lamentamos essa decisão da diretoria do BNDES. Pedimos a mediação do TST, mas dissemos ao banco, em mesa de negociações, que não queríamos encerrar as negociações na mesa bipartite e que a busca da intermediação era apenas o cumprimento de um trâmite formal para a continuidade do diálogo em busca da solução”, explicou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius de Assumpção Silva. “E, em momento algum, o banco disse que, se pedíssemos a intermediação do TST, o BNDES encerraria as negociações bipartites”, completou.

Postura do banco

Para o vice-presidente da Contraf-CUT, desde o início o BNDES buscou atacar os direitos dos trabalhadores e as organizações de representação sindical. “Estávamos e estamos dispostos a manter as negociações. Encerrar as negociações é um desrespeito com os empregados, que aguardam ansiosos pelo desfecho da mesa”, ponderou. “Buscamos conversas para tentar encontrar uma solução. Mas, desde o início, uma parcela da diretoria do banco, que não são funcionários de carreira, manteve uma postura de não resolver a situação. Estão lá apenas para garantir que fosse cumprido o que o governo quer. Não nos restou alternativa a não ser buscar essa mediação, pois estava vencendo os 30 dias de manutenção da ultratividade dos direitos que conseguimos na Justiça”, argumentou Vinícius, ressaltando que a mediação do TST não significa a judicializarção do processo de negociações.

“A diretoria precisa dizer a verdade para o funcionalismo do BNDES. Não pode confundir e dizer que sentou na mesa com disposição de encontrar soluções, o que não vem acontecendo. São 2 meses e até agora o que avançou? Só as cláusulas econômicas e mesmo assim seguindo a Fenaban, que também tem presença na mesa e nada resolveu”, completou o vice-presidente da Contraf-CUT.

Veja abaixo as matérias com o histórico das negociações

03/08 – Bancários do BNDES autorizam comissão a negociar ACT
05/08 – Entrega da Minuta de reivindicações, aprovada na assembleia
12/08 – BNDES: Agendada primeira reunião de negociações
13/08 – Trabalhadores entregam proposta de pré-acordo ao BNDES
18/08 – BNDES veta representantes dos funcionários e negociação não acontece
20/08 – Bancários do BNDES cobram respeito aos seus representantes nas negociações da Campanha Nacional 2020
24/08 – Funcionários do BNDES referendaram comissão de negociação
24/08 – Hoje tem negociação com o BNDES
25/08 – BNDES não aceita assinar pré-acordo e quer analisar proposta ponto a ponto
26/08 – BNDES ataca organização dos trabalhadores
27/08 – Ataques continuam no BNDES
28/08 – BNDES apresenta mais ataques nas negociações desta 6ª feira (28)
29/08 – BNDES: 97% dos funcionários rejeitaram proposta do banco
01/09 – BNDES insiste em corte de direitos
02/09 – BNDES: Funcionários rejeitam proposta de retirada de direitos
02/09 – TST prorroga vigência de ACT do BNDES
10/09 – Funcionários cobram disposição do BNDES para o acordo
14/09 – Empregados do BNDES deliberam nesta terça (15) sobre cláusulas econômicas do ACT 2020
15/09 – Empregados do BNDES aprovam acordo com o banco
18/09 – Comissão do funcionalismo volta a se reunir com o BNDES para negociar demais cláusulas da ACT
22/09 – Negociações com o BNDES foram retomadas na 2ª e devem continuar nesta 3ª (22).

Fonte: Contraf/CUT com Edição de Imprensa SindBancários

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