Com medida do presidente, bancários e todos os demais trabalhadores ficam prejudicados
“Esta situação absurda gerada pela política irresponsável de contenção de gastos deste governo, fez com que o número de processos de solicitação de benefícios represados (sem resposta) do INSS chegasse, no fim do ano passado, a 1,17 milhão – prejudicando a categoria bancária e todos os demais trabalhadores”, afirmou Gilberto Leal, diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato fluminense. Para o dirigente, a postura do governo, sobretudo neste momento de maior dificuldade devido à pandemia, seria a concessão automática dos pedidos de concessão de benefícios.
Segurados do INSS
“Os segurados que pagam as suas contribuições, não podem ser penalizados por uma inconsequência do governo que, ao não admitir novos servidores, economiza para pagar a dívida pública aos bancos, dentro da sua política de ajuste fiscal, e joga a conta sobre as costas dos segurados e dos servidores do INSS. A solução seria a concessão automática dos pedidos de concessão do benefício”, argumentou.
Leal destaca que os bancários não podem ficar meses sem salário (que deixa de ser pago aos que permanecem de licença além de 15 dias) e sem sequer saber se vão receber do INSS. “A situação é muito grave para ficar durante todo este tempo fazendo avaliações para depois negar a licença. Isto é desumano. O governo sabe da situação, e mesmo assim empurra os segurados para a morte, como fez durante meses ao negar a gravidade da pandemia do novo coronavírus e sem tomar as medidas necessárias para, no fundo, economizar, como vem fazendo ao não determinar a concessão automática. É um governo genocida”, criticou.
Bancos não pagam complemento
O máximo que o governo fez foi criar um adiantamento do auxílio-doença no valor de um salário mínimo (R$ 1.100). Mas os bancos, que adoecem os bancários com demissões e com a sua política de assédio moral para o cumprimento de metas, se negam a fazer a complementação. “Com isto, estão descumprindo a própria Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada pelo Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban”, criticou.