Greve geral é marcada por forte adesão dos bancários

Ataques à aposentadoria, dificuldades de deslocamento e adesões espontâneas levaram trabalhadores a índice de participação de até 70% em Porto Alegre e Região

Até perto do meio-dia, desta sexta-feira, 14/6, dia de greve geral em todo o país, os bancários da área de abrangência do SindBancários deram mais uma demonstração de força e mobilização. Até a metade desse dia histórico para a classe trabalhadora, de luta contra a reforma da Previdência, por mais empregos e em defesa das empresas públicas, até 70% de bancários aderiram ao movimento. Essa adesão expõe motivações relacionadas à retirada de direitos dos trabalhadores e dificuldades de chegar ao local de trabalho.

Os bancários seguirão na luta até o final do dia. Manterão concentração no Paço Municipal, em frente à agência Rua Uruguai do Banco do Brasil, no Centro Histórico de Porto Alegre. A partir das 17h, marcham para a Esquina Democrática, onde participarão, a partir das 18h, do ato das Centrais Sindicais.

A avaliação do SindBancários é que, nos bancos públicos e privados, adesão foi surpreendente. Cerca de 70% dos colegas não foram trabalhar por várias razões. Uma delas disse respeito à dificuldade de deslocamento. Apesar de, em Porto Alegre, os trabalhadores em greve não conseguirem sequer conversar com motoristas e cobradores de ônibus durante as tentativas de as comissões de esclarecimento nas portas das concessionárias de transporte público, houve dificuldades para os bancários chegarem em seus locais de trabalho.

Especialmente nas regiões mais centrais de Porto Alegre. Relatos de bancários davam conta de engarrafamentos nas principais ruas da cidade e nas principais vias de acesso da Região Metropolitana. Na BR 116, bancários chegaram a dizer que chegavam a ficar de 5 a 10 minutos parados no mesmo lugar. Houve quem relatasse que os preços dos serviços de táxis por aplicativos chegaram a mais de R$ 80 para deslocamentos de casa ao trabalho.

Estimamos uma adesão de até 70% dos bancários à greve geral. Não estamos dizendo que todas as agências ficaram fechadas. Além das dificuldades de deslocamento, atribuímos à consciência dos bancários de que a reforma da Previdência e outras iniciativas do atual governo federal atacam direitos dos trabalhadores. Está ficando mais claro para os colegas que desde a reforma trabalhista em 2017 os governos que assumiram o país só atacaram e não investem em programas que aumentem renda e façam a economia crescer”, avaliou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis, por volta do meio-dia desta sexta-feira, 14/6.

Truculência da Brigada

A mobilização dos bancários começou cedo. Concentrados no portão de entrada da empresa de ônibus Carris, no bairro Partenon, desde a madrugada, dirigentes e colegas da base viram a truculência da Brigada Militar, do governo Eduardo Leite, impedir até que os grevistas conversassem com motoristas e cobradores. A violência surpreendeu dirigentes sindicais pela truculência. Não houve, sequer, disposição de oficiais e comandantes de conversar com os grevistas de forma civilizada.

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, esteve desde a madrugada no portão de entrada da Carris, na rua Albion, bairro Partenon, em Porto alegre. Segundo ele, até mesmo uma tentativa de organizar uma assembleia, negociada com os trabalhadores ao longo da semana, foi impedida.

O que percebemos foi uma disposição da Brigada diferente dos outros anos. Não havia o mesmo espaço para conversa. Tentamos conversar com comandantes que estavam na frente da garagem da Carris e não teve jeito. No meio da conversa começaram as bombas. E, desta vez, teve até o caveirão do choque, lançando jato d’água na gente”, descreveu Gimenis.

Fonte: Imprensa SindBancários

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