Fórum pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro será em Porto Alegre

Sétima edição do evento ocorrerá nos dias 10 e 11 de novembro, no SindBancários

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizará, nos dias 10 e 11 de novembro, o VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro. O evento será em Porto Alegre, na sede do SindBancários (Rua General Câmara, 424, Centro Histórico).

O encontro, voltado a dirigentes sindicais e assessorias responsáveis pelas secretarias de políticas sociais dos sindicatos e federações, coloca como eixo central a defesa de mais contratações de negros e negras nos bancos desde sua primeira edição, realizada em 2011. A programação completa será divulgada nos próximos dias.

“No VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro vamos discutir o racismo na sociedade e seus reflexos no mercado de trabalho, como sempre fizemos nas edições anteriores”, antecipa o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar.

O secretário afirma que o objetivo maior do Fórum é fortalecer o debate sobre as questões raciais e as formas de atuação sindical para ampliar o número de negras e negros na categoria bancária. “O evento é também parte importante da luta do movimento negro para que todos os trabalhadores dos mais diversos segmentos tenham oportunidade de acesso ao emprego e salário justo, da luta contra o racismo no trabalho e na vida”, diz.

O diretor do SindBancários, Guaracy Gonçalves, destaca que a intenção não é apenas cobrar dos bancos mais contratações de negras e negros. “Também é necessário ‘desnaturalizar’ o racismo, combater toda a forma de discriminação, apontando para um processo de construção de sociedade mais justa e igualitária”, defende.

Discriminação estrutural

Enquanto 57% da população brasileira é formada por negras e negros, a categoria bancária tem apenas 23,6% desse segmento em seus quadros. Já a parcela de brancos e brancas é de 72,6%. A remuneração da mulher preta bancária é, em média, 40,6% menor que a do bancário homem branco. As informações foram sistematizadas pela Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do IBGE e do Ministério do Trabalho. Veja o estudo completo aqui.

Na sociedade, a violência também reflete o racismo estrutural no Brasil. Conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, neste ano, das 47.508 mortes violentas no país, 76,9% das vítimas eram pessoas negras e 50,2% tinham entre 12 e 29 anos. Dos 1.437 feminicídios, 61,1% foram cometidos contra mulheres negras e 71,9% contra mulheres entre 18 e 44 anos.

“Esses números são absurdos, pois mostram uma sociedade muito violenta e perigosa para todas as pessoas, mas principalmente para a juventude e a população negra”, avalia Almir. “Seja nas ruas, em casa ou no trabalho, temos que quebrar essa rotina de discriminação, para termos uma sociedade mais justa e humana”, completa o secretário.

#JurosBaixosJá

Estudo recente de economistas da Universidade de São Paulo (USP) verificou que, quando sobe a Selic, a taxa de juros de referência do país, o desemprego cresce mais entre os homens negros do que para os demais. No entanto, as mulheres, negras ou brancas, são menos afetadas pela variação dos juros.

O motivo provável para isso é o número muito maior de homens em setores como construção e indústria, bastante dependentes do crédito. Já entre as mulheres, educação e saúde e, no caso das negras, o trabalho doméstico, são as áreas que mais empregam, e que, em geral, não são diretamente afetadas pelas taxas de juros.

Histórico

O Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro começou em 2011, em Salvador (BA). A segunda edição ocorreu em 2013, no Rio de Janeiro (RJ). Três anos depois, o evento foi para a região Sul, em Curitiba (PR). O encontro seguinte ocorreu em Recife (PE), em 2017. O quinto Fórum teve como sede a cidade de Belo Horizonte (MG), em 2019. Em 2021, o sexto evento foi realizado na modalidade online, em virtude da pandemia de coronavírus.

Fonte: Contraf-CUT

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