Festival SindBancários 90 Anos: um dia pra ficar na memória

Bancários e bancárias fizeram um grande carnaval com Pagode da Malu, Ultramen, Bloco da Laje e Bloco do Areal da Baronesa

Um grafite em tons de vermelho e laranja no muro da Rua Riachuelo, assinado pelo artista porto-alegrense Felipe Reis, recepcionava bancários, bancárias e convidados que chegavam para o Festival SindBancários 90 Anos, na tarde do último sábado, 21 de janeiro, no terreno recentemente adquirido pela entidade. O tom de animação do dia já se sentia com as anfitriãs Sabrina Muniz, diretora da Fetrafi-RS e bancária da Caixa, e a drag queen Maria Helena Castanho, que conduziam o evento.

E não é que nem a chuva, nem o vento fizeram parar o movimento? O bordão, utilizado tradicionalmente pelos sindicalistas em situações de tempo instável, cabe perfeitamente para descrever a tarde do festival, segunda comemoração das nove décadas do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (confira aqui a cobertura da solenidade do dia 18 de janeiro). Mesmo com a chuva e as nuvens carregadas no início, por volta das 16h30, o evento consagrou-se como um grande momento de alegria coletiva.

Encarregado do primeiro show, o Pagode da Malu abriu os trabalhos colocando o povo pra cantar e dançar pagodes atuais e outros hits mais antigos, incluindo alguns clássicos do samba, como Vou Festejar, de Beth Carvalho. O grupo animou o público, que se dividia entre os que curtiam embaixo das tendas e os que dançavam com a chuva, como o bancário Darci da Silva Almeida, aposentado da Caixa, e a esposa Carmen Lúcia De Carli, que chamavam atenção com o gingado sob a água que caía.

Com o tempo secando, chegou a vez da Ultramen, uma das grandes bandas nascidas em Porto Alegre. O grupo, na ativa desde 1991, encheu o terreno com o suingue e a mistura de ritmos que lhe são características. ‘Peleia’, ‘Esse é o meu compromisso’, ‘Dívida’, ‘Tubarãozinho’, ‘Grama verde’ e outros sons conhecidos embalaram o público, que cantava junto todos os sucessos da Ultramen.

Quem quiser brincar que brinque agora”

A energia do ambiente anunciava a hora de um dos coletivos mais empolgantes da cidade, o Bloco da Laje, quando o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner, subiu ao palco para saudar a todos colegas bancários, bancárias e amigos da categoria, enquanto a equipe preparava o palco. “Estamos comemorando 90 anos dessa entidade que faz parte da história de Porto Alegre lançando a ideia de construir mais um equipamento de convívio no coração da cidade”, afirmou o dirigente sobre a aquisição do novo terreno, que deve sediar mais iniciativas culturais da entidade.

Fetzner defendeu a valorização dos artistas locais e agradeceu a participação dos parceiros na trajetória do Sindicato e na realização do evento. “Queremos homenagear a cultura com essas bandas maravilhosas daqui, porque é preciso valorizar aqueles que, assim como nós, também lutam pela democracia e pelos direitos para todos e todas. A história do SindBancários só existe por causa dos trabalhadores(as), diretoras e diretores, funcionários e parceiros. Parabéns para nós e vamos nos divertir! Quem quiser brincar que brinque agora”, convidou o presidente, fazendo referência a uma das músicas do grupo e à cultura lúdica da Laje.

Daí em diante, um grande carnaval se formou com os blocos da Laje e Areal da Baronesa, um dos projetos apoiados pelo Sindicato. Lajudos e lajudas de carteirinha, como são carinhosamente chamados os foliões que acompanham o Bloco da Laje, misturaram-se com o público que acompanhava o show pela primeira vez. Os olhos brilhando e os corpos em movimento não escondiam a atmosfera festiva do momento, que seguiu com a batucada do projeto cultural da comunidade do Quilombo Areal da Baronesa.

Conhecido como “Berço do Samba”, origem de sambistas brasileiros consagrados como Bedeu, Giba Giba e Lupicínio Rodrigues, o Areal da Baronesa finalizou o grande festival do SindBancários com um cortejo pela rua Riachuelo. Vestidos nas cores rosa e branco, mulheres, homens e crianças desfilaram o samba do bloco do Areal, envolvendo quem acompanhava o batuque. Um misto de orgulho pelo passado dessas entidades históricas, de alegria com o dia compartilhado e de esperança por um futuro melhor fechou a celebração dos 90 anos do SindBancários.

90 anos não é todo dia

Em meio aos shows, um vídeo de resgate da história do Sindicato dos Bancários foi apresentado no telão. Por meio de fotografias, recortes de jornal, imagens das sedes da entidade e narrativa histórica, o audiovisual reconstitui a criação do Sindicato e as lutas dos bancários e projeta os próximos tempos. De acordo com o diretor de Comunicação do SindBancários, Gilnei Nunes, é uma forma de presentear a categoria por manter vivo o espírito de luta do movimento sindical bancário.

“Queremos que nossos associados partilhem conosco desta comemoração, pois se existimos há quase um século, isto se deve sobretudo à força e perseverança de quem se mantém associado ao sindicato”, declarou Nunes.

Apoio à cultura local

Para a diretora de Cultura do SindBancários, Ana Guimaraens, o festival fez jus ao papel do sindicato de apoiador e fomentador da cultura. “Sempre focado no apoio aos artistas locais, trouxemos o Pagode da Malu, com uma vibe bacana, a Ultramen, uma das mais importantes bandas gaúchas, o Bloco do Laje, referência no Carnaval de Blocos em Porto Alegre e o nosso querido Areal da Baronesa, berço do samba no Rio Grande do Sul. Temos muito orgulho do nosso sindicato, foi uma festa inesquecível. Nos 100 anos do SindBancários vai ser ainda maior!”, festejou a dirigente.

Amanda Zulke/Imprensa SindBancários
Fotos: Heuller Jaurez

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