Iniciativa, da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público, presidida pelo deputado Zé Nunes (PT), resgata a campanha Eu Sou Banrisul, defendida pelo movimento sindical bancário
Um dia após seu aniversário, o Banrisul recebeu, neste 13 de setembro, exposição em homenagem aos seus 95 anos de história. A iniciativa, batizada de “Eu Sou Banrisul”, é da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público, presidida pelo deputado Zé Nunes (PT), e mostra um pouco da campanha de mesmo nome, criada pelo movimento sindical bancário em defesa do caráter público do banco. A mostra reúne banners e um vídeo institucional da campanha, celebrando todos gaúchos e gaúchas que lutam por um Banrisul forte e do povo.
Na abertura da inauguração, Zé Nunes expressou preocupação com as chuvas que caem sobre o Rio Grande. O deputado, natural de São Lourenço do Sul, manifestou solidariedade com todos que tem enfrentado as adversidade do clima e falou da simbologia desta atividade, que celebra a trajetória e defende o banco público do Estado. “Esta é uma mostra da história deste banco que, para nós, é uma ferramenta de desenvolvimento e de inclusão social e bancária para nossa população, mas acima de tudo é um patrimônio construído a partir do trabalho de tantos gaúchos e gaúchas”, afirmou o parlamentar.
Presidindo a Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público desde março de 2017, Nunes comentou sobre algumas passagens ao longo deste período, como quando o banco esteve na mira da privatização durante o governo Sartori. “É uma frente ampla que não envolve apenas o Parlamento, mas trabalhadores do banco, sociedade, Sindicato e Federação (Fetrafi-RS); ampla no sentido de reforçar junto ao povo gaúcho o papel do banco público que tem a capilaridade do Banrisul, com seu potencial para o desenvolvimento social e para a economia gaúcha”, pontuou o deputado.
Para o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner, é a luta pela manutenção das empresas públicas que garante ajuda para a sociedade se reerguer quando essas catástrofes acontecem. “Só as instituições financeiras públicas estão lá quando essas coisas acontecem. Nestas horas de tragédias não temos como não pensar sobre isso”, afirmou o dirigente, que ressaltou também a batalha enfrentada para garantir que o Banrisul siga público.
“Infelizmente é uma luta recorrente, é uma disputa sobre o banco continuar ou não público. E de certa forma, ao longo dos anos fomos vitoriosos nesta batalha, em que pese tenhamos tido uma derrota na derrubada do plebiscito, mas não só a campanha Eu Sou Banrisul, como debates públicos e políticos, mobilizações na sociedade, tudo isso deixou claro que o Banrisul é, sim, muito importante para a sociedade gaúcha”, completou Fetzner.
As memórias destes anos de Banrisul, evocadas pelas fotos e informações na exposição, foram destacadas pela diretora da Fetrafi-RS, Raquel Gil, que lembrou do auxílio do banco em um episódio de inundação em São Lourenço: “Lá estava o Banrisul, auxiliando na recuperação da cidade e às famílias. Assim como hoje estará auxiliando a quem está sofrendo com as tragédias. Este é o papel social do Banrisul e é isso que comemoramos: o papel que a instituição cumpre na sociedade gaúcha”.
O vice-presidente da CUT-RS, Everton Gimenis, reiterou a importância das empresas públicas na ajuda e na reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas. “De onde vêm estes recursos de apoio? Do BNDES, do BB, da Caixa, BRDE, Banrisul, Badesul, das empresas públicas que ajudam nestes momentos. Ao mesmo tempo, vemos o resultado da privatização da CEEE, por exemplo, deixando várias comunidades sem luz, há dias”, comentou Gimenis, alertando para o que deve ocorrer também com a Corsan, transformando água em mercadoria.
Fundado em 12 de setembro de 1928, o Banrisul está presente em seis estados brasileiros, com aproximadamente 500 agências e mil postos de atendimento. A exposição em homenagem aos 95 anos da instituição está localizada no Espaço de Exposição Deputado Carlos Santos, térreo da AL, e pode ser visitada até a próxima sexta-feira (15).
Imprensa SindBancários
Fotos: Celso Bender e Joaquim Moura
