Os colegas bancários sabem que o SindBancários costuma repetir e provar que a política de gestão dos bancos cria condições adversas à saúde dos trabalhadores. O assédio moral, que é estrutural, é adoecedor, assim como a cobrança de metas abusivas. Assédio e metas caminham de mãos dadas pelos corredores das agências, se infiltram pelos caixas, nas plataformas e entre os operadores de negócios. Ninguém está livre.
Nós procuramos combater na medida do possível. Toda a quarta-feira, na sede do SindBancários, o GAS (Grupo de Ação Solidária) reúne bancários de bancos públicos e privados para conversarem entre si e buscarem soluções e alívio para as doenças ocupacionais da suas atividades. Não são só LER/DORT que nos fazem sofrer, mas também o sofrimento mental, por perseguições injustificadas e tristeza.
Na semana passada, recebemos via facebook o depoimento de um bancário do interior do Rio Grande do Sul. Publicamos abaixo o depoimento com a autorização dele. O bancário conta que sua úlcera se transformou em um câncer de tanto sofrer com pressões em seu local de trabalho. Está afastado do trabalho e escreveu direto da cama do hospital. Não revelaremos seu nome, nem seu banco, nem a cidade em que ele mora. Gostaríamos de compartilhar esse exemplo de sofrimento para mostrar que temos muito a lutar em nossa Campanha Salarial, que já está em andamento.
Confirma depoimento de bancário que ficou doente de câncer
“Olá! Estava lendo a matéria sobre cobrança abusiva de metas. Gostaria de comentar que além de afetar os funcionários da área negocial muitas vezes afeta também os da execução, pois funcionários são tirados do atendimento (caixas) para auxiliar nas vendas e como consequência sobrecarrega os guichês. É fácil constatar isto pelo número de atendimentos de cada caixa em relação a outras do mesmo nível. E assim temos o adoecimento. Estou escrevendo da cama do Hospital onde fui tratar uma úlcera e o diagnóstico agora é câncer.”
