Militante do movimento gay e diretor de Diversidade e Combate ao Racismo do SindBancários cobra, em artigo, apoio do governador ao assumidamente homofóbico Bolsonaro, políticas públicas LGBTQIA+ e entrega do Banrisul e da Corsan
E agora, Eduardo Leite?!
Como eleitor bolsonarista, Leite é conivente com zero políticas públicas para a população LGBTQIA+
Sandro Rodrigues (*)
A sexualidade do governador Eduardo Leite se transformou num show pirotécnico metrificado incluindo elogios do pessoal de esquerda. Leite “abriu” que é gay! Antes tarde do que nunca! Ótimo! Já era tempo! Parabéns! Mas e agora, governador?! O que teremos pela frente?
Lembrei da época da eleição, em 2018, quando o governador se comprometera formalmente, inclusive em comerciais na TV, que não ia privatizar a Corsan e Banrisul. E descumpriu a palavra. Agora, ficamos na dúvida. Será que o governador vai continuar sendo gay? Ou vai descumprir com sua palavra como fez com as empresas que privatizou e outras que estamos na luta para que não faça o mesmo?
A sexualidade de Leite pouco importa; queremos mesmo é saber se a população LGBTQIA+ terá acesso a políticas e ações afirmativas e mais… Se ele prometer, vai cumprir? Ou fará como fez com a Corsan?
O que surpreende em Leite é que como eleitor Bolsonarista, assumidamente gay (agora), ele é conivente com zero políticas públicas para a população LGBTQIA+. Seja nacionalmente ou aqui, essas políticas estão paralisadas e a comunidade, vulnerável. É muito contraditório isso, governador!
E assim, governador Leite, o Brasil retrocede em relação aos direitos para LGBTQIA+. Antes de Bolsonaro, acompanhávamos avanços nesses direitos, em diferentes setores da sociedade. O seu voto, governador, o voto de um indivíduo gay (agora assumido), prejudicou avanços significativos para a população LGBTQIA+.
Para que ninguém esqueça: Leite apoiou Bolsonaro! Antes de Bolsonaro, discutíamos preconceitos e estigmas sociais. Com Bolsonaro, o Brasil enfrenta a dura realidade de um presidente assumidamente (não é de agora) homofóbico, machista, racista, transfóbico e elitista.
Bolsonaro e seus apoiadores (o senhor incluído, governador Leite) não aceitam a possibilidade da população LGBTQIA+ ser tratada como cidadã no Brasil.
E agora, Eduardo Leite??!!
(*) Sandro Rodrigues é militante do movimento gay e diretor de Diversidade e Combate ao Racismo do SindBancários
Lei aqui artigo publicado no Sul21