Dirigentes do SindBancários mostram a procurador danos da reestruturação da GECEX do BB

Dois dirigentes do SindBancários e funcionários do Banco do Brasil estiveram em Passo Fundo na segunda-feira, 15/12, para prestar depoimento sobre a reestruturação que só tem trazido prejuízos a funcionários do Banco do Brasil que trabalham na Gerência de Comércio Exterior (GECEX), de Porto Alegre. O diretor de Formação Julio Vivian e o diretor Fabiano Beneduzi estiveram na sede do Ministério Público do Trabalho de Passo Fundo para um encontro com o procurador do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina Sandro Eduardo Sardá. Ambos relataram os prejuízos de uma reestruturação arbitrária para os funcionários e para economia gaúcha e despertaram a atenção do procurador para a necessidade de o MPT buscar subsídios para estudar o caso e ver a necessidade do processo.

Os dirigentes relataram o impacto que essa reestruturação arbitrária imposta pelo BB tem na vida dos trabalhadores. Além do impacto nas vidas de mais de 800 trabalhadores, com a mudança da estrutura para Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte e o fechamento das dependências locais, há implicações econômicas e efeitos danosos para as regiões onde hoje existem GECEX. “O banco não consultou o movimento sindical, não debateu e simplesmente anunciou. Algo que impacta a vida de mais de tantas pessoas teria que passar por um processo de negociação com os representantes dos trabalhadores”, diz Julio Vivian.

Segundo o diretor, o impacto na vida pessoal e financeira dos colegas que atuam na GECEX de Porto Alegre deverá repercutir nas comissões e despreza o investimento em qualificação que os colegas realizaram. “O pessoal está adoecendo por causa disso. As pessoas se qualificaram a vida toda para trabalhar na área de comércio internacional, fazendo cursos, graduações e investindo em certificações. O banco, sem avisar, sem debater, simplesmente muda a vida das pessoas fazendo com que elas tenham que ir para outro estado com todo o prejuízo pessoal e financeiro que uma mudança dessas de uma hora para outra acarreta”, conta Júlio Vivian.

Júlio avaliou como positiva a reunião com o procurador Sandro Sardá. Segundo o dirigente, o procurador queria entender os motivos da reestruturação e ver se ela é mesmo necessária. “A intenção do Movimento Sindical é ingressar na Justiça com uma ação civil pública em conjunto com o MPT, para garantir que haja negociação e que os funcionários não sejam prejudicados O banco não consultou o movimento sindical, não preparou os trabalhadores, não debateu e simplesmente anunciou. Algo que impacta a vida de tantas pessoas teria que passar por um processo de negociação com os representantes dos trabalhadores. Em novembro, os trabalhadores da GECEX realizaram um protesto em frente à GECEX na Carlos Gomes, em Porto Alegre.

 

Comércio internacional prejudicado

Os dois dirigentes foram acompanhados por uma advogada do Sindicato dos Bancários de Blumenau. Fabiano deu depoimento na condição de funcionário da GECEX até duas semanas antes da reestruturação anunciada em outubro. O dirigente forneceu detalhes sobre os prejuízos financeiros dos colegas. “A reestruturação impõe que trabalhadores tenham que ir para rede de agências, tendo que concorrer a comissões de valores próximos ao que eles tinham na GECEX, sendo que as especializações e certificações exigidas no varejo são diferentes daquelas exigidas no setor de comércio internacional”, diz Fabiano.

Há também impacto para a economia local. Isso precariza o atendimento para empresas e pessoas que trabalham com comércio internacional. Enquanto o governo tem como diretriz ampliar a participação brasileira no comércio exterior, o BB vem na contramão reduzir justamente um setor que precisa ser ampliado.

O impacto da reestruturação na vida dos bancários
– Redução de salário por perda de função ou pelo enquadramento no novo plano de funções com a diminuição de jornada de oito para seis horas.

– Encontrar uma realidade totalmente diferente ao passar de uma área meio para o varejo.

– Mudança de cidade.

– Muitas incertezas: inclusive não há local físico para acomodar a nova Gecex em Curitiba.

– Perda de capital humano altamente qualificado.
– Prejudica economicamente os municípios e o Estado, pois diversos contratos de exportação e importação passam pela Gecex Porto Alegre e Caxias.

– No caso de Porto Alegre, onde quase 50% do quadro da Gecex será extinto, a sede atual custa um valor exorbitante para o banco (mais de um milhão de reais por ano) e corre o risco de ficar subutilizada.


Fonte: Imprensa SindBancários

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