Durante assalto a uma agência do Banrisul em Erval Grande, no Norte do Estado, na madrugada do sábado, 29/10, um policial militar foi baleado com um tiro de fuzil e veio a falecer. Câmeras de segurança dos arredores do banco serão utilizadas para examinar o caso. O titular da Delegacia de Roubos do Deic, Joel Wagner, classificou este tipo de ação criminosa como um novo cangaço.
Novo cangaço
“São praticadas por organizações que agem durante a noite. Eu classifico como um novo cangaço, porque entram em uma cidade pequena, com armamento pesado, em maior número que os policiais da cidade, e que atiram”, afirmou o delegado, que está recebendo informações de policiais da região para prosseguir o caso. A polícia acredita que é possível que criminosos de Santa Catarina tenham participação no caso.
Conforme relatos de moradores à Delegacia de Polícia de Erechim, por volta das duas horas, os bandidos, armados com fuzis, estavam dentro da agência e também nas laterais do banco para monitorar a movimentação, quando perceberam a aproximação da viatura com dois policiais militares e atiraram contra os PMs. O sargento João Marcelo Borges Desidério, de 43 anos, foi atingido pelos disparos. O outro policial não se feriu. A quadrilha fugiu levando as armas dos PMs e quantia em dinheiro da agência não divulgada. A mesma agência do Banrisul havia sido arrombada no dia 29 de julho.
Desidério era comandante do grupamento da Brigada Militar de Benjamin Constant do Sul e auxiliava no patrulhamento de municípios da região. Natural de Alegrete, o PM tinha três filhos.
Responsabilidade de Sartori
Na avaliação do presidente do SindBancários, o acirramento dos ataques a bancos, desta vez com a morte de um brigadiano, tem a ver com a política recessiva do governador. “José Ivo Sartori reduziu os investimentos em segurança pública e fatia os salários do funcionalismo – incluindo os policiais militares e civis – e com isso termina opor incentivar os assaltantes, que estão cada vez mais ousados”, diz Everton Gimenis.
O presidente do Sindicato lembra que Sartori também não repõe os brigadianos que se aposentam e nem contrata em número suficiente os policiais aprovados em concurso. “Ele faz o ajuste fiscal de seu governo em cima da segurança da população, mas ao mesmo tempo garantiu reajuste para si mesmo e seu secretariado, enquanto a população em geral sofre com a criminalidade, o que é ainda mais forte no caso dos bancários, que trabalham num setor que é alvo natural dos criminosos”, afirmou.
Fonte: Imprensa SindBancários com informações e foto da Rádio Guaíba/Correio do Povo.