O show de horrores que assistimos no domingo, 17 de abril, na Câmara dos Deputados, foi mais uma etapa do golpe nos nossos direitos que deputados federais sem nenhum compromisso com a democracia e com os trabalhadores cumprem sob a cortina de fumaça do impeachment.
O SindBancários, em sua história de 83 anos, defende a democracia como um bem de todos que cria condições favoráveis para que as nossas lutas conquistem avanços. Pois neste domingo, 1º/5, no Parque da Redenção, em Porto alegre, junto ao Monumento do Expedicionário, vamos participar do Ato Unificado em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas e sociais, a partir das 10h. Vamos aquecer a nossa resistência, conversar sobre o nosso futuro e pensar que teremos uma jornada de luta em defesa dos nossos direitos e contra o golpe.
Mas esses avanços estão ameaçados. De um lado, o Congresso mais conservador da história do parlamento brasileiro utiliza o discurso de impeachment e de respeito à Constituição para fazer o que sempre fez. Dizer que os trabalhadores ganham muito e, por isso, é preciso frear essas conquistas, reduzir direitos, arrochando salários. Não por acaso tramitam 55 projetos de Lei NA Câmara dos Deputados e no Senado para acabar com muitas das nossas conquistas.
A FIESP, a Febraban, da qual a Fenaban é um sindicato que atua durante as negociações das campanhas salariais dos bancários, se alinharam ao golpe. Os patrões tramam e criam condições para acabar com a PLR, com o ciclo de aumentos reais dos bancários que já dura 14 anos. Até o almoço corre perigo.
O vice-presidente, Michel Temer (PMDB), surfa na onda do golpe nos nossos direitos. Mesmo sem ser presidente, já alinhava, em parceria com a grande mídia, nomes para compor um futuro ministério que ele nem poderá nomear, como diz a Constituição Federal em caso de presidente afastado. Apresentou inclusive seu Plano Temer, sob o nome de “Uma Ponte para o Futuro”.
Ele quer que paguemos a conta de uma crise financeira mundial com redução de investimentos em educação e saúde, com o fim do aumento real do salário mínimo e com mais trabalho e menos tempo de aposentadoria. Nós sabemos que avanços na renda produzem riquezas e ajudam um país a crescer.
A ponte para o futuro é uma volta ao passado que lutamos muito para ver superado (Leia aqui).
E sobre corrupção? O documento do vice-presidente não fala nada sobre corrupção. Não por acaso, ele é sócio do muitas vezes citados em investigações criminais, Eduardo Cunha, também do PMDB. Temer também é investigado e citado em várias investigações. A Lava-Jato não é para todos e já sumiu.
Vamos responder aos ataques aos nossos direitos com a nossa luta!
Os bancários não vão pagar a conta do golpe.
O Dia do Trabalhador é nosso dia de Luta!
Dia do trabalhador – 1º de Maio
É dia de bancário na luta
Ato Unificado em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas e sociais
Domingo, 1º de Maio | 10h | Parque da Redenção (em frente ao Monumento do Expedicionário) em Porto Alegre
Os patrões cobram a fatura do golpe
> Fim do aumento real do salário mínimo
> Desvinculação do reajuste do salário mínimo das aposentadorias
> Aprovação do projeto da terceirização sem limites
> Fim da CLT fazendo valer o negociado sobre o legislado
> Trabalhar mais, contribuir mais e ter menor tempo de aposentadoria
> Fim das verbas fixas previstas na Constituição para a saúde e a educação
> Entrega do petróleo e do pré-sal para as multinacionais estrangeiras, acabando com a partilha e das garantias dos royalties para a educação
Fonte: Imprensa SindBancários