Cidades menores ficariam sem agências se bancos públicos fossem privatizados

De acordo com o Banco Central, 17% dos municípios bancarizados no país contam apenas com agências de bancos públicos

Os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. Esta frase, sempre repetida pelo movimento sindical, fica confirmada ao se analisar os números de agências bancárias espalhadas pelo Brasil. De acordo com o Banco Central, atualmente, dos 5.590 municípios brasileiros, 3.365 (60,2%) contam com uma ou mais agência bancária. Mas deste total, 950 municípios (17% do total) são atendidos apenas por bancos públicos.

Caso os bancos públicos sejam privatizados, 57% das cidades brasileiras ficarão sem agências bancárias. “A população destas áreas terá que se deslocar para outros municípios para ter acesso a uma unidade bancária e a serviços básicos, como o saque da Aposentadoria”, alertou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “São lugares que os bancos privados não querem estar. Para eles, só interessa se estabelecer onde conseguem lucrar com a população”, disse.

Exemplo de Rondônia

O exemplo mais alarmante é de Rondônia. Dos 15 municípios daquele estado do Norte, apenas seis contam com agências e, em cinco, são só agências de bancos públicos. “Imagine toda a população do estado ter de ir até a capital para utilizar um banco. É um absurdo. Os bancos precisam existir para a liberação de crédito mais barato e para o atendimento à população em geral”, finalizou a líder sindical.

Caso do Banrisul

Um dos maiores exemplos da importância dos bancos públicos no Brasil é do próprio Rio Grande do Sul, com o histórico Banrisul, fundado em 1928. O banco estadual gaúcho tem 490 agências – quase o número de municípios do estado, que chega a 497. Sua rede cobre 98,5% do território do RS, e em 87 cidades é o único banco existente para financiar o desenvolvimento local e bancarisar os moradores. “Os municípios menores e mais pobres não interessam aos bancos privados, que sempre buscam a maior lucratividade possível e desprezam o lado social e de desenvolvimento local de um banco público”, destaca o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.

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