Centrais definem 15/05 como Dia Nacional de Luta, rumo à greve geral em junho

Manifestação dos trabalhadores da Educação em maio devem servir de "esquenta" para a Greve Geral em junho

Reunidos pela primeira vez depois do 1º de maio histórico, que aprovou a greve geral para o dia 14 de junho, sindicalistas da CUT e demais centrais (Força, UGT, CTB, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central) decidiram, nesta segunda-feira, 06, se somar à greve nacional da Educação no próximo dia 15 de maio. É um grande “esquenta” em todo o país para a greve geral de toda a classe trabalhadora contra o fim da aposentadoria e para dar um basta ao desemprego, explica o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

“Fizemos um gol na conjuntura com a união das centrais sindicais no Dia Internacional do Trabalhador e recuperamos o sentido da data, que é rememorar as lutas já feitas e organizar as próximas batalhas da classe trabalhadora”, diz Nobre. Conforme ele, a intenção é participar da luta dos trabalhadores mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras

“E é com esta energia”, prossegue Sérgio Nobre, “que participaremos da mobilização dos dos professores também para fortalecer a construção de uma imensa greve geral no dia 14 de junho, ainda maior que a greve geral de 28 de abril de 2017”, lembrou.

Dia Nacional de Luta

No dia 15 de maio acontecerão assembleias, atos, mobilizações, panfletagens nas praças, nos locais de trabalho, nas ruas das cidades, com objetivo de explicar o que a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) impactará na vida da classe trabalhadora e dialogar com a população sobre o dia 14 de junho.

“É importante também que todos os sindicatos e centrais levem o abaixo-assinado para coletar assinaturas da população contra a reforma da Previdência de Bolsonaro para mostrarmos ao Congresso Nacional que ninguém quer ficar sem aposentadoria”, alertou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

Para fortalecer a luta contra a reforma da Previdência de Bolsonaro, as centrais sindicais definiram se reunir com os as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e com os principais sindicatos e partidos políticos. Além, claro, de pressionar os parlamentares nas suas bases eleitorais e por meio do “Na Pressão”, ferramenta que a CUT criou para facilitar o contato dos trabalhadores e trabalhadoras com os deputados.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e institui a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, além de aumentar o tempo de contribuição mínimo de 15 para 20 anos e alterar as regras especiais de trabalhadores e trabalhadoras rurais e professores.

Mobilização do SindBancários

O presidente do SindBancários de Porto Alegre e Região é pontual ao alertar a categoria e toda a sociedade: “Não podemos esquecer que se essa PEC for aprovada, milhões de trabalhadores não conseguirão mais se aposentar. É terrível e simples assim”, finalizou Everton Gimenis. “Todos temos que nos mobilizar”, reforçou.

Balanço do 1º de maio

Além de definir os próximos passos da luta, a reunião das centrais, no dia 06, também teve como objetivo fazer um balanço sobre o Dia Internacional do Trabalhador. A unidade histórica da CUT e demais centrais sindicais foi citada por todos como uma grande vitória deste 1º de maio.

“O clima era de fraternidade entre a direção das centrais, mas também por toda militância presente no 1º de maio deste ano, quando conseguimos colocar nossa agenda de luta na imprensa como um todo”, lembrou Sergio Nobre.

Youtube e midia comercial

Segundo a secretária de Comunicação da CUT São Paulo, Adriana Magalhães, só a transmissão ao vivo do ato pelo Youtube da TVT foi compartilhada 24 mil vezes, isso significa, segundo ela, que alcançou mais de um milhão de pessoas. “Mais de 90% da mídia comercial noticiou a unidade das centrais e a luta contra reforma da Previdência, fora os veículos progressistas e do movimento sindical. E só os ligados à CUT somam quase cinco mil sindicatos”, contou Adriana.

Nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz

Durante a reunião, os sindicalistas citaram a nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CNJP), que foi divulgada nesta segunda afirmando  que a reforma da Previdência é contra os interesses dos segurados e benéfica para empresas e para o sistema financeiro. A nota também desmente a mídia comercial que defende a reforma e diz que é uma falsidade para conseguir o apoio da população.

“Esta reforma da Previdência tem que ser firmemente denunciada, pois é a mais injusta e a mais cruel tentativa de demolição dos direitos dos trabalhadores e segurados, garantidos na Constituição Federal”, diz trecho da nota da CNJP.

“Se ela vier a ser aprovada, aqueles que hoje dependem do INSS e os que dele vierem a precisar amanhã, estarão sujeitos a se transformarem em indigentes, como já acontece em todos os países em que esta falsa reforma foi feita, como é o caso do Chile”, conclui a nota.

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