Este será o 2º Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) que a Caixa efetiva sem a mínima preocupação com os colegas que seguem na ativa e muito menos com a gama de atividades que teremos de assumir para os próximos períodos. De nada tem adiantado colocarmos em mesa especifica de negociação a urgência de mais contratações.
Recentemente, em seminário ocorrido em Brasília com o alto escalão da empresa, foi explicitada a importância da Caixa para o projeto governamental e os desafios que o Brasil tem para a retomada da economia. Mas parece que há duas empresas bem distintas. Uma a que fizeram transparecer durante o seminário; outra que é a responsável pela dura realidade que diariamente nossos e nossas colegas enfrentam. Adoecimento, caos nas unidades, terrorismo com uma reestruturação que só tem assustado, corte de verbas em diversas rubricas e por aí vai.
Caixa de Maldades
Chamamos de “Caixa de Maldades” as notícias que a cada dia são divulgadas, e por uma razão pura e simples: a Caixa não tem respeitado nem os acordos que os seus representantes assinam e endossam em negociações coletivas. Que empresa teremos no futuro, que País teremos?
A cada PAA sem reposição de vagas, não são apenas colegas que se afastam da vida laboral na Caixa, são tarefas que são assumidas pelos que ficam, sobrecarregando mais e mais esses colegas.
PAAs sem reposição é sim um desmonte da Caixa e um desmonte do Brasil. A quem interessa uma Caixa fraca, sendo constantemente a primeira colocada em ranking de reclamações junto ao Bacen? A quem interessa uma Caixa sem condições de fazer frente aos desafios que lhe são impostos?
Que podemos esperar além de mais e mais adoecimentos entre as bancárias e os bancários da Caixa, mais e mais assédio por parte de gestores despreparados para estar à frente de uma empresa com o importantíssimo papel social da Caixa? Papel que até então nos diferencia dos demais bancos do sistema financeiro nacional. Mas a quem interessa manter essa tensão diária em todas as unidades da Caixa?
Concurso judicializado
Pelos motivos elencados acima, não temos como aceitar PAAs sem reposição das vagas. Foi preciso judicializar o concurso de 2014, para tentar minimizar o impacto, mas judicializar seria o melhor caminho? Pois estamos a negociar com a Caixa desde a campanha salarial de 2014, por mais contratações e nada. Colega, reflita sobre tudo isso e faça parte da corrente por uma Caixa melhor, por um Brasil mais forte.
(Por Gilmar Aguirre)