Banco dos Brics em Xangai representa alternativa ao Banco Mundial
Nesta terça-feira, 21/07, na cidade de Xangai, na China, foi lançado formalmente o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que já é conhecido como o Banco dos Brics, grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O objetivo da instituição financeira – que terá capital inicial de U$ 100 bilhões, dividido entre os cinco países participantes – é representar alternativas ao domínio quase absoluto do FMI e Banco Mundial. A iniciativa busca também abrir espaço, além do dólar americano, no comércio mundial.
“Nosso objetivo não é desafiar o sistema existente, mas sim melhorar e complementar o sistema à nossa própria maneira”, afirmou o indiano Kundapur Vaman Kamath, nomeado primeiro presidente do NBD.
Projetos de infraestrutura
A ideia é financiar projetos de infraestrutura nos países do Brics, estendendo-se também a outras nações em desenvolvimento, desafiando instituições como o Banco Mundial, por meio de operações mais ágeis e rápidas.
A inauguração do Novo Banco de Desenvolvimento surge menos de um mês depois do lançamento do Banco de Desenvolvimento da Infraestrutura Asiática (AIIB), liderado pela China, cujo objetivo é criar uma instituição paralela de investimento na região, na qual os países em desenvolvimento tenham mais influência.
Mas, ao contrário do AIIB, o NDB não se limitará à Ásia. Excluindo a África do Sul, os quatro países originais do grupo Brics compreendem mais de 40% da população do planeta, um quarto de sua área terrestre e mais de 25% do produto mundial bruto.
(Na foto, reunião dos Brics na Rússia, dia 9 deste mês, com a presença da presidenta Dilma).