Centenas de trabalhadores, sindicalistas e representantes de movimentos sociais se concentraram em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado do RGS (Fiergs), na Zona Norte de Porto Alegre, na manhã desta terça-feira, 16/08. Eles não estavam sozinhos – mesmo ato aconteceu em praticamente todo o Brasil, marcando o Dia Nacional de Luta e mobilização da Classe Trabalhadora, organizada por todas as centrais sindicais do Brasil: CUT, CTB, Nova Central, UGT, Força Sindical, CGTB, CSB, Intersindical e CSP-Conlutas. A mobilização é em defesa da CLT, da Justiça do Trabalho e contra a Reforma da Previdência Social, entre outros taques do governo interino e golpista de Michel Temer à população trabalhadora do país.
“A própria abrangência deste movimento, que reúne os mais diversos setores sindicais, mostra a tremenda gravidade do momento que estamos atravessando”, analisa Everton Gimenis, presidente do SindBancários, que esteve representado por seus diretores e militantes no ato em frente a Fiergs. “Temos que denunciar a pressão dos grandes banqueiros e empresários para cortar direitos sociais e trabalhistas”, afirmou o Gimenis.
Pré-Revolução Industrial
“O grande empresariado brasileiro pretende voltar aos tempos de antes da Revolução Industrial, no século 19”, diz a diretora de Comunicação do Sindicato, Ana Guimaraens. “Embalados por este golpe midiático-parlamentar que acontece no Brasil, os donos do capital querem que os trabalhadores não tenham hora para entrar nem para sair do emprego e almocem em 15 minutos”, denuncia a sindicalista.
SUS, Serviço Público, Pré-Sal
Também estão na pauta de luta dos trabalhadores unidos, a defesa do serviço público, do Sistema Único de Saúde (SUS), do Pré-Sal e da Petrobrás. “Temos que criar as condições para construir a greve geral no país, em defesa dos direitos e conquistas trabalhistas e para evitar o retrocesso”, enfatizou Claudir Nespolo, presidente da CUT-RS.
Placa de provocação
Em frente à sua sede, a poderosa Fiergs afixou uma placa considerada provocativa pelas lideranças sindicais. O texto da Federação das Indústrias do RS defende a “modernização” da CLT, para que seja possível “dar emprego aos 11 milhões de desempregados no país”.
“Esta placa é de uma falsidade muito grande”, rebateu Claudir Nespolo. “Em 2015, com os direitos trabalhistas, tínhamos pleno emprego no país. Além da legislação trabalhista já ter sido atualizada e reformulada nos últimos anos, eles agora estão se aproveitando da suposta crise para avançar sobre os nossos direitos”, acrescentou o líder sindical.
Negociado sobre o legislado
Confira neste link, o vídeo bem humorado sobre o ataque aos direitos trabalhistas:
https://www3.sindbancarios.org.br/video-mostra-o-golpe-do-negociado-sobre-o-legislado/