Enquanto o plenário do Senado estava às escuras, depois que seu presidente, Eunício Oliveira (PMDB-AL), mandou apagar as luzes por causa da ocupação da mesa, bancários e bancárias se juntaram a trabalhadores de outras categorias para uma vigília contra a Reforma da Previdência, na tarde da terça-feira, 11/7. O SindBancários instalou ao lado da CUT-RS, uma tenda para pressionar a senadora Ana Amélia Lemos (PP) a votar contra a Reforma da Previdência. O ato ocorreu na Praça da Matriz, em frente à sede do Partido Progressista (PP), no Centro de Porto Alegre.
A vigília se manteve enquanto os trabalhos no plenário do Senado estavam interrompidos, e a reforma trabalhista não ia à votação. Foi um recado direto a uma senadora que tem votado contra os interesses dos trabalhadores. Também serviu de aviso a outro senador gaúcho: Lasier Martins (PSD-RS).
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo explicou que a vigília era um ato de compromisso em que os trabalhadores reafirmam que não irão votar em que os traiu, votando a favor das reformas que retiram direitos e precarizam a vida dos trabalhadores no Senado e na Câmara. “A Ana Amélia está em profunda contradição. Porque, durante a campanha eleitoral, ela dizia que era ‘primeiro as pessoas’. Estamos aqui lutando para que ela não se reeleja mais. Porque ela tem votado contra os trabalhadores. A população não vai esquecer. Ela é traidora, porque ia cuidar das pessoas e não cuida”, explicou Claudir.
Para o presidente do SindBancários, Everton Gimenis, trata-se de uma questão de honra os trabalhadores cobrarem coerência dos senadores que os representam. Gimenis lembrou que, dos três senadores gaúchos, apenas Paulo Paim (PT-RS) tem defendido os trabalhadores e resistido à retirada de direitos no Senado. “Vamos denunciar os senadores que estão traindo os trabalhadores porque eles entregaram nossos direitos. Quem se abstém, também ajuda o governo. É covarde”, acrescentou Gimenis, referindo-se à posição de Lasier Martins em relação às reformas que tiram direitos históricos dos trabalhadores.
Fonte: Imprensa SindBancários