Os grandes meios de comunicação, as grandes empresas, os grandes bancos, esses beneficiados pelas reformas da Previdência e Trabalhista estão tentando de tudo. Chegaram a publicar notícias falsas de que a greve da sexta-feira, 30/6, não sairia. Mas nada disso é verdade. As centrais sindicais já deram ok, estão organizadas e mobilizadas. A nossa greve geral será firme e forte.
Os bancários e as bancárias disseram sim à luta contra as reformas do interino e multiacusado de corrupção, Michel Temer (PMDB). Na segunda-feira, 26/6, na Casa dos Bancários, aprovaram em assembleia participativa e unânime seu apoio. Lembramos que a greve geral, como acontece quando um Sindicato organizado e forte como o nosso segue todos os trâmites legais, realizando assembleias dentro do prazo legal e comunicando seu resultado, suspende o contrato de trabalho.
Isso não significa que não haverá corte do dia trabalhado. Isso pode acontecer. Ainda mais que os bancos não estão dispostos a negociar compensações. O que não pode acontecer e os bancos, especialmente a Caixa, fez no dia 28/4, foi marcar a falta do dia de greve como injustificada. O SindBancários entrou com ação na justiça, no caso da Caixa, mas ainda não há decisão. A juíza que avaliou o caso marcou audiência para o próximo dia 18 de julho.
“Estamos diante de um ataque histórico em nossos direitos. Nunca um conjunto de projetos de lei, como o das Reformas da Previdência e Trabalhista, combinado com a terceirização, já aprovada, propôs um conjunto de retirada de direitos tão drástico como esse. Não podemos chamar apenas de reformas um conjunto que muda a forma como vamos trabalhar e perder direitos. Os bancários e as bancárias têm que participar. É um dia de luta, com risco de ter corte no ponto, mas que vale um futuro inteiro se conseguimos derrotar essas reformas”, explicou Gimenis.
CUT-RS e centrais sindicais intesificam mobilização
A CUT-RS e centrais sindicais intensificaram nos últimos dias a mobilização para tirar a greve geral de 30 de junho da clandestinidade, diante do boicote dos principais veículos de comunicação que praticamente não abriram espaços para noticiar a paralisação. As entidades sindicais reforçaram a divulgação junto às suas bases de representação.
Uma coletiva de imprensa foi realizada na manhã da terça-feira, 27/6, ao final da plenária unitária das centrais, no auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, que rendeu várias reportagens em sites e no jornal Correio do Povo desta quarta-feira, 28/6.
“Não nos surpreende, mais uma vez, a falta de visibilidade da greve geral na mídia golpista e, por isso, temos que fortalecer ainda mais as panfletagens, os carros de som e as colagens de cartazes no centro e nos bairros de Porto Alegre e demais cidades, a fim de mobilizar os trabalhadores e as trabalhadores e comunicar a população em geral”, afirma o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr.
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A convocação também está sendo feita pelos sindicatos e federações que possuem espaços em rádios, bem como na imprensa alternativa e nas mídias sociais. As centrais também estão distribuindo um panfleto de convocação da greve geral, que pode ser acessado na seção Publicações do site da CUT-RS.
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“Os dias que antecederam a greve geral de 28 de abril foram decisivos para criar o clima da paralisação e temos certeza de que agora não será diferente”, destaca Ademir.
O dirigente da CUT-RS avalia que o apoio e o engajamento dos movimentos sociais, que participaram ativamente da plenária das centrais, e a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusando o presidente golpista Michel Temer (PMDB) de corrupção passiva, aumentarão ainda mais a mobilização.
“Temos que parar o Brasil para barrar as reformas da Previdência e Trabalhista, exigir a renúncia de Temer e a realização de eleições diretas já”, conclui Ademir.
Fonte: CUT-RS