Bancários defendem Caixa 100% Pública neste Dia Nacional de Lutas

Os programas Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família, a maioria dos financiamentos de saneamento às pequenas cidades brasileiras, entre muitas outras políticas sociais, que beneficiam milhões de brasileiros e brasileiras, estão diretamente ameaçados com as medidas do governo interino, de enfraquecimento da Caixa Econômica Federal. Por isso mesmo, o SindBancários e a Fetrafi-RS realizaram um ato em frente à agência central do banco em Porto Alegre, na Praça da Alfândega, às 12h desta quarta-feira, 03/08, demarcando o Dia Nacional de Luta na Caixa, pela manutenção do caráter público da instituição e contra a perda de direitos dos seus trabalhadores.

“A Caixa 100% pública é uma demanda de todo o povo brasileiro”, disse o funcionário do banco e diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, Jaílson Bueno Prodes. “O objetivo do governo golpista de Michel Temer é entregar as riquezas nacionais para o capital internacional”, afirmou Jaílson. “Eles querem retirar o caráter público da Caixa, como já fizeram com outros grandes bancos, cortando a política social e os juros baixos, que não agradam ao mercado financeiro”, complementou.

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Pacote de maldades após as eleições

Jaílson reforça a necessidade da união dos trabalhadores e alerta: “Depois do julgamento do impeachment da presidenta Dilma, e das eleições municipais, em outubro, este desgoverno vai abrir seu pacote de maldades, inclusive cortando direitos que estão na CLT”, denunciou.  “Basta ver que neste período como interino, Temer já desvinculou o reajuste das aposentadorias do valor do salário mínimo”, exemplificou.

Para o também funcionário do banco e diretor do Sindicato, Guaracy Padilla Gonçalves, a Caixa vem mudando seu perfil, num processo de redução nos últimos meses. “Eles estão reduzindo o número de bancários e não têm reposto os cargos de quem se aposenta”, afirma ele. Guaracy enumera alguns dos ataques aos colegas da Caixa: “A direção do banco quer retirar o adicional dos avaliadores de penhor, e ataca os tesoureiros e ainda os caixas executivos, numa proposta de ‘caixa por minuto’, que vai gerar redução de salário”, entende o sindicalista.

Nenhum direito a menos

“Não aceitaremos nenhum direito a menos”, garantiu o diretor financeiro do Sindicato, Paulo Roberto Stekel. O dirigente recordou que o governo interino já avançou sobre direitos legítimos dos trabalhadores ao acabar com o Ministério da Previdência, anexando-o à Fazenda. “Temer está em dívida com o os banqueiros e o grande capital. Mas não vamos pagar o pato. Fora Temer e a sua quadrilha”, enfatizou Stekel à população, durante o Dia Nacional de Luta em Porto Alegre.

Conforme a diretora da Fetrafi-RS, Cristiana Garbinatto, “a Caixa faz toda a diferença para a população brasileira – é ela que financia os nossos sonhos, como a casa própria”. A sindicalista lembrou: “Ela tem que continuar pública e manter os juros baixos. Um banco como a Caixa Econômica Federal não tem que dar lucro, e sim oferecer políticas sociais”, arrematou.

Ataque aos concursos públicos

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O programa “Ponte para o futuro”, do governo interino de Temer, visa reduzir o estado e os espaços públicos – diz Ísis Marques, da direção da CUT-RS. “A população precisa entender que se não participar desta mobilização, são serão apenas os bancários a serem atingidos, mas todos os trabalhadores e trabalhadoras do país”, explicou. “Uma das medidas é o congelamento dos concursos públicos, o que gera desemprego e rebaixamento da qualidade dos serviços prestados”, disse Ísis.

Outro exemplo das ameaças que hoje pairam sobre a cabeça da maioria da população brasileira foi lembrada pelo diretor Jaílson Bueno Prodes: “Se não mudarmos contra as medidas que Temer quer implantar neste seu desgoverno, a data para aposentadoria vai para os 70 anos de idade”, relatou. “Para ver o efeito que isso tem, basta lembrar que em muitos estados brasileiros a expectativa de vida é de menos de 70 anos. Ou seja: o governo Temer quer que os brasileiros e brasileiras trabalhem até morrer”, concluiu.

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Principais bandeiras de luta

Este Dia Nacional de Luta, de alcance nacional, tem quatro pontos básicos de luta: Condições dignas de trabalho; Mais contratações de empregados; Manutenção da Caixa 100% pública; e Fortalecimento do papel social do banco.

 

 

 

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