Política de redução de custos e receitas de ações coletivas mantiveram saúde financeira em tempos de ataques e apontam importância da resistência para sobreviver
Resistimos, mas temos ainda muito a lutar e resistir. Essa frase traduz o que os números das demonstrações contábeis do SindBancários mostraram em 2018. O balanço de 2018 do Sindicato fechou com resultado positivo de R$ 5.691.948,31, mais do que o dobro superior ao resultado positivo do ano anterior. A receita, no entanto, cresceu pouco de um ano para outro, 2,6%. Esses demonstrativos foram abertos para os colegas bancários na assembleia de prestação de contas da quinta-feira, 27/6, no auditório da Casa dos Bancários.
O balanço foi aprovado por ampla maioria e com apenas uma abstenção. O resultado de 2018 aponta para receitas da ordem de R$ 12.707.93,44. E despesas que chegaram a R$ 7.015.989,13. O resultado positivo foi obtido mesmo com o Sindicato isentando os sócios de pagamento da mensalidade de dezembro de 2018 (com repercussão no balanço) e janeiro de 2019 (sem repercussão no balanço de 2019).
O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, atribui ao maior superávit às receitas obtidas com ações coletivas. Esse valor superavitário em parte ficará em um fundo de lutas e outra parte integrará o fundo patrimonial.
“Desde 2016, enfrentamos ataques aos direitos com repercussões diretas nas contas do Sindicato. Não é só o nosso Sindicato. São todos. Tivemos reforma Trabalhista e conseguimos esse superávit por conta de uma política de austeridade. Mas são questões conjunturais. Ganhamos algumas ações coletivas e reduzimos muito o custo”, explicou Gimenis.
Para o presidente, o futuro dos Sindicatos no contexto das políticas de ataques a direitos do atual governo federal, combinado com ataques a empregos dos bancários, assim como à politica de privatizações e desmonte dos bancos púbicos, exigirão muita luta e investimento. “Não foi por acaso que esses governos que assumiram o país e o Estado estão enfraquecendo os sindicatos e atacando as finanças. Eles querem fazer a política de entrega do patrimônio público e de retirada de direitos, como é o caso da reforma da Previdência, sem nenhuma resistência”, acrescentou Gimenis.
Questão de futuro
O diretor financeiro do Sindicato, Tiago Vasconcellos Pedroso, enumerou algumas variáveis que desafiarão a resistência e a sobrevivência do Sindicato no próximo período de lutas. A inovação tecnológica, que tem causado desemprego, a conjuntura internacional de que aponta para crise. “Comparando com o ano anterior, a receita ficou em valores quase iguais. Reduzimos as despesas. Nos preparamos para os próximos embates, como a defesa dos empregos”, detalhou Tiago.
O presidente do Conselho Fiscal, Jorge Lucas, contou que a reunião dos conselheiros um dia antes da assembleia foi unânime ao apontar o esforço de gestão para manter o Sindicato financeiramente saudável. “Devemos parabenizar a gestão pela organização da luta e pela transparência que conseguimos perceber”, salientou Jorge Lucas.
Veja aqui o balanço do exercício de 2018.
Fonte: Imprensa SindBancários