Bancárias, a luta é pela vida das mulheres

Em contexto de retirada de direitos, aumento da violência, precarização e assédio sexual e moral, mulheres têm na 1ª Jornada Feminista Plurissindical espaço de manifestação livre por direitos. Confira programação

Por favor, pare um pouco e siga a lista daquilo que as mulheres perderam assim que o governo ultradireitoso de Bolsonaro e depois dos dois anos de Michel Temer fizeram do Brasil um país de retrocessos e ataques aos direitos das trabalhadoras.

1) Em 2019, o número de feminicídios cresceu 7,3% na comparação com 2018. São 1.314 mulheres mortas por serem mulheres, uma a cada sete horas no Brasil segundo levantamento do Monitor da Violência, parceria entre a USP e G1. É o maior número já registrado desde que a lei do feminicídio entrou em vigor em 2015. (Leia aqui)

2) Depois da aprovação da Reforma Trabalhista como lei 13.467, em novembro de 2017, durante o governo de Michel Temer, o trabalho das mulheres ficou ainda mais precarizado.

3) A violência moral e sexual contra as mulheres se manifesta das mais diversas formas. A cada 11 minutos no Brasil, uma mulher é estuprada.

4) Com a política de precarização do trabalho, a atividade das mulheres ficou ainda mais indecente. Além de cumprir sua jornada regular de trabalho, as mulheres são tomadas como as responsáveis pelo cuidado da casa, dos filhos e dos familiares enfermos, cumprindo duas ou mais jornadas.

5) As mulheres chegam a ganhar 20,5% menos do que os homens no Brasil. Nos bancos, mesmo as mulheres ocupando 49% do quadro funcional, há poucas mulheres nos cargos de diretoria. E a remuneração das mulheres nos bancos chega a ser 22,3% inferior à dos homens em média.

6) Depois da aprovação da Reforma da Previdência em 2019, as mulheres passaram a ser aquelas mais prejudicadas. Terão que trabalhar mais do que os homens com a aposentadoria ampliada para 62 anos e acumular por mais tempo a jornada dupla de trabalho – emprego e casa.

7) E com a MP 905, acaba o fim de semana das bancárias. Ela está valendo até o mês de abril se não for votada e aprovada no Congresso Nacional.

Se as bancárias não estiverem convencidas até aqui de que precisam se mobilizar junto com as ativistas sociais que lutam pela busca da consciência das mulheres, temos mais motivos. Mas o mais importante é fortalecer esta luta que começou em 1914 com uma greve histórica de mulheres na Rússia e que desencadeou a Revolução Russa de 1917.

De qualquer modo, se estamos distantes de uma nova revolução capaz de empoderar as mulheres, precisamos seguir juntas na mobilização. No último século, a luta das mulheres obteve muitos avanços, como o direito ao voto em 1932 no Brasil. “Se não fossem a luta de nós, mulheres, não haveria luta por direitos humanos nem no Brasil, nem no mundo”, diz a diretora da Fetrafi-RS e bancária do Banrisul, Denise Falkenberg Corrêa.

Então, meninas, bora lutar para mudar tudo que está ruim ou pior. Porque isso interessa até os homens. As ativistas políticas bancárias estarão na concentração da Marcha das Mulheres, a partir das 17h da segunda-feira, 9/3, no Centro Histórico de Porto Alegre. E, no domingo, na panfletagem a partir das 10h30 na Orla do Guaíba.

O tema da Marcha este ano é “Pela Vida das Mulheres. Contra as violências. Por empregos, salários e aposentadorias. Fora Bolsonaro, Eduardo Leite e Marchezan”.

E se você, bancária, ainda não se convenceu de que precisa estar nesta marcha, saiba que a pesquisa realizada pela Contraf-CUT com as mulheres bancárias entre 28 de janeiro e 11 de fevereiro deste ano para entender as prioridades das mulheres trabalhadores bancárias revelou aquilo que a gente mais ou menos sabia.

As mulheres estão bem ligadas no que está acontecendo na vida delas e sabem bem o que querem:

> 78,58% das mulheres bancárias acham que a prioridade é o “fim da violência contra mulheres e feminicídio”.

> 65,74% elegeram como prioridade o “Fim do assédio sexual e da cultura do estupro”.

> 62,20% acham a “Igualdade de oportunidades e salários” o mais importante.

> 46,55% das mulheres que responderam ao questionário dizem que o “Combate ao Racismo e todas as formas de discriminação contra as mulheres” é prioridade.

> 44,69% daquelas que responderam ao questionário acham prioridade propostas de

Políticas de emprego decente/ Não ao trabalho precarizado”.

Como se vê, as minas bancárias estão bem ligadas. Então, bora lá na jornada ajudar as manas de luta.

Fonte: Imprensa SindBancários

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