Ato pede fim da reestruturação e fortalecimento do BB público

Abertura de agências foi atrasada em Porto Alegre em protesto contra o fechamento de 5 mil postos de trabalho e de cerca de 400 agências em todo o país na sexta, 15/1

Um senhor chegou perto dos dirigentes que começavam a organizar o Ato em contra a Reestruturação e em Defesa do Banco do Brasil, na manhã da sexta-feira, 15/1, em frente à agência Rua Uruguai, no centro de Porto Alegre e fez uma reclamação. Desde que a agência Borges de Medeiros fechou há pouco mais de um ano e sua conta passou para a Agência Rua Uruguai, ele notou problemas no atendimento.

E quando soube que uma reestruturação anunciada na segunda-feira, 11/1, iria aplicar um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para demitir 5 mil bancários, ele temeu pelo pior. O serviço ficaria ainda mais precário.

Mas ele não sabia o que dirigentes disseram nos microfones do carro de som do SindBancários. Que o fechamento de postos de trabalhos e de cerca de 400 agências trariam prejuízos para o povo brasileiro, além dos próprios colegas demitidos. E quem ficasse passaria a sofrer ainda mais pressão, mais metas e sobrecarga de trabalho até ficar adoecido(a).

O caso de outro senhor indignado com o protesto dos trabalhadores bancários foi ilustrativo das dificuldades que os clientes passarão a enfrentar por causa dessa decisão de desgoverno de Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes. O cartão que ele não conseguiu pegar na agência, porque os colegas aderiram ao protesto e vestiram preto, vai ficar ainda mais de obter.

Questão de simples lógica. Uma agência que feche no Interior do Estado, em uma cidade pequena, vai trazer prejuízos para os negócios locais e dificultar, e muito, a realização de uma simples operação de pedido de cartão.

Imagine que uma cidade do interior sem Banco do Brasil vai obrigar os clientes a viajar para uma cidade vizinha. Já pensou andar 20 quilômetros para ir e outros 20 para voltar para conversar com seu gerente sobre um investimento mais adequado para seu perfil de cliente?

A diretora do SindBancários de Juventude e Gênero, representante da Fetrafi RS na Comissão de Organização dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB) e funcionária do Banco do Brasil, Bianca Garbelini, disse em alto e bom som quem são os responsáveis por transformar o Banco do Brasil em um “puxadinho” de governo incompetente e que quer acabar com o perfil social do BB: o trio Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, seu ministro da economia, e o menos conhecido do povo, o presidente do Banco do Brasil, André Brandão.

“O Banco do Brasil quer empurrar todo mundo para o banco digital. Não são todas as pessoas que conseguem fazer atendimento pelo celular. Todo mundo tem direito a ser atendido. Esses funcionários que estão atendendo durante a pandemia, se arriscam e vão ter quase um terço do salário reduzido. O Bolsonaro está transformando o Banco do Brasil num puxadinho dele. Bolsonaro, você vai passar, e o Banco do Brasil que tem 212 anos, vai ficar. Vamos resistir ao desmonte”, disse a dirigente.

O diretor do SindBancários e funcionário do Banco do Brasil, Ronaldo Zeni, dialogou com os clientes que passavam ou entravam na agência Rua Uruguai. Ele alertou que aqueles que não conseguem atendimento não devem culpar os funcionários. Ronaldo fez alusão à “presepada” de Bolsonaro em relação à suposta demissão do presidente do BB.

“As dificuldades não são culpa dos funcionários. O governo Bolsonaro continua atuando na sua premissa básica, que é extirpar a população pobre. É um governo genocida que fecha vagas de empregos para os jovens. Disse que ia demitir o presidente do banco, mas o que ele está fazendo é leilão de cargos para garantir votos no Congresso e continuar retirando direitos da população”, acrescentou Ronaldo.

Ao final do ato, o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner, abordou o efeito da demissão de 5 mil funcionários do BB na crise econômica gerada pela pandemia e a saúde financeira do Banco do Brasil.

Clique e leia aqui a carta aberta que os dirigentes entregaram à população durante o ato.

“Estamos falando de uma empresa que dá lucros astronômicos para o país. Estamos falando de um banco que, junto com a Caixa, atende o trabalhador pobre. Estamos falando de um banco que regula o sistema bancário nacional. Países como a Alemanha estão reestatizando bancos que eram privados. No Brasil, é diferente. Vemos governos estaduais e a União organizando suas empresas púbicas para serem privatizadas”, sentenciou Luciano.

Fonte: Imprensa SindBancários

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