Ato em frente ao Banco do Brasil, em Porto Alegre, prega mobilização para barrar votação do PL 268 que ameaça os fundos de pensão

Aposentados, bancários sindicalizados, petroleiros, telefônicos, representantes do Sindiágua, diretores da Anapar-RS, Fetrafi-RS, CUT e outros trabalhadores uniram sua indignação em ato coletivo frente à agência central do Banco do Brasil, na Rua Uruguai, Centro Histórico de Porto Alegre, a partir das 12h desta sexta-feira, 17/06. O protesto, que tem alcance nacional, é contra a redução do número de trabalhadores na gestão de seus fundos de pensão, medida representada pelo Projeto de Lei 268/16, que está na Câmara Federal à espera de votação. Ademir Wiederkehr, diretor do SindBancários e da CUT-RS, alertou: “Este projeto acaba com a eleição de diretor-executivo e reduz de 50% para um terço as vagas de conselheiros eleitos. O governo interino pretende abrir as portas para “especialistas” do mercado sem identidade com empresas estatais e órgãos públicos”. Para ele, é fundamental tirar a mão dos especuladores do patrimônio dos trabalhadores e aposentados.

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Carlos Alberto Oliveira Rocha, da direção da Fetrafi-RS, afirmou que “o grande objetivo do governo ilegítimo de Michel Temer, a serviço do rentismo, dos bancos e seguradoras, é colocar as mãos nos R$ 75 bilhões de patrimônio dos fundos de pensão”. Ele lembrou que as forças populares vêm resistindo ao pacote de maldades de Temer, mas destacou: “Nossa mobilização conseguiu impedir por duas vezes que o projeto 268/16 fosse votado pelos deputados. Mas se baixarmos a guarda, eles podem votar na sessão da segunda-feira, 20, a toque de caixa”, afirmou.

Voz dos aposentados

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Falando em nome dos aposentados que se concentravam em frente às escadas da agência do BB na Rua Uruguai, dona Adália Martins, que se aposentou há 20 anos, recordou de outras batalhas importantes de que participou, para bem dos bancários e do país: “Me lembro quando eu estava no movimento que impediu que privatizassem o Banco do Brasil”, disse. “Agora temos que conscientizar a todos para que venham as ruas, participem dos protestos, porque senão pode ser tarde demais para os nossos direitos”.

Solidariedade

Membro da direção do Sindicato dos Telefônicos do RS, Juan Sanches entusiasmou os participantes ao enfatizar: “Os trabalhadores precisam ter solidariedade nesta hora. Se forem enfraquecidas a previdência social e a previdência complementar, todos serão atingidos, do jovem ao mais velho. Este é um assunto sério, que não pode ser objeto de negociata”. Para Sanches, o governo entreguista de Temer quer passar o PL 268/16 para financiar o golpe, à custa de milhões de aposentados. Ele reforçou a necessidade das organizações de trabalhadores manterem a pressão sobre os deputados, com delegações percorrendo todos os gabinetes dos parlamentares federais em Brasília. “No dia 20, véspera de São João, eles vão tentar passar este projeto à toque de caixa. Não podemos permitir”, complementou.

Fernando Maia, da diretoria do Sindicato dos Petroleiros-RS, disse que o governo golpista toma decisões na calada da noite. “Além do PL 268, há outros projetos semelhantes tramitando no Congresso Nacional. Eles querem alterar toda a legislação trabalhista a previdenciária”, disse.

Contra a democracia

O Pl 268 é um ataque à democracia, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Mas é também um ataque a todos os brasileiros. Este governo teve a coragem de acabar com o Ministério da Previdência. Temos que pressionar os deputados e denunciá-los em suas bases eleitorais. Que este governo ilegítimo devolva o poder a quem tem o voto. Querem mexicanizar o Brasil”, denunciou Claudir, “entregando o poder a estas máfias”. O presidente da CUT também reforçou que é preciso trabalhar para construir uma grande greve geral.

Audiência pública

As centrais sindicais estarão realizando uma Assembleia Popular e Audiência Pública nesta segunda-feira, 20/06, às 14h, na Casa do Gaúcho, no Parque da Harmonia, Centro de Porto Alegre. O ato “Nenhum Direito a Menos” repudia a Reforma da Previdência e a extinção da Justiça do Trabalho e faz a Defesa da CLT, e terá a presença do senador Paulo Paim e do professor da Unicamp Denis Gimenez.

 

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