Ato bancário cobra Banrisul público e forte

Dirigentes do SindBancários, Fetrafi-RS, Sindicatos do Interior foram para frente da sede da DG em Porto Alegre, pedir abertura de diálogo com a nova diretoria e avisar que a luta pelo banco público vai continuar

Dirigentes do SindBancários, da Fetrafi-RS, representantes de Sindicatos do Interior do Estado, delegados sindicais e funcionários dos mais variados locais de trabalho enfrentaram o frio ensolarado da terça-feira, 16/7, para dar um recado mobilizado, claro e direto a um interlocutor fundamental. Em frente à sede da Diretoria Geral (DG), no Centro de Porto Alegre, os bancários realizaram um ato unificado para pedir a abertura do diálogo à nova diretoria que tomou posse na semana passada. A entrega de uma carta no quarto andar do prédio, onde fica a sala do presidente Cláudio Coutinho, oficializou a intenção de mostrar que os representantes dos trabalhadores estão dispostos a mediar questões relacionadas à melhoria das condições de trabalho e que vão manter luta histórica em defesa do Banrisul público.

Os Banrisulenses e bancários de outros bancos públicos e privados participaram do ato que começou por volta do meio-dia. A política de desmonte do governo passado, com duas vendas de ações que fragilizaram o banco e as trapalhadas do governo Eduardo Leite para conseguir finalmente nomear o novo presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho, não passaram em branco. Os dirigentes também chamaram os colegas à unidade e à participação diante de mais ameaças de pendurar o Banrisul em apenas uma ação, como anunciado em fato-relevante no mês passado, e ante nova venda de ações em abril deste ano. A luta será por um Banrisul não só público como é há 90 anos, mas também forte. No começo da tarde, dirigentes foram recebidos pelo Superintendente Executivo da Unidade de Gestão, Gaspar Saikoski.

O secretário-geral do SindBancários e funcionário do Banrisul, Luciano Fetzner, lembrou a importância histórica do Banrisul como a maior empresa pública do Estado e aquela com capacidade de gerar mais riquezas, fomentando o desenvolvimento de amplos setores da economia. “Vamos dar continuidade ao trabalho que fazemos há anos que é mostrar a importância do Banrisul. O banco é o maior agente financeiro do Estado e injeta recursos na economia. Também é um parceiro fundamental para as prefeituras em todo o Estado. Injeta recursos até em times de futebol. É fundamental para o Estado também por gerar mais de 10 mil empregos diretos e milhares de indiretos”, pontuou Luciano.

Mais baixas taxas e tarifas

As taxas e tarifas mais baixas, segundo o Banco Central, e o papel da diretoria na manutenção de uma política com visão e estratégia de investimento público foram tema do discurso da diretora da Fetrafi-RS e funcionária do Banrisul, Denise Falkenberg Corrêa. “O mínimo que essa diretoria pode fazer é receber os representantes dos trabalhadores para que possamos começar a estabelecer um diálogo produtivo. Não viemos somente por conta da nossa pauta corporativa, luta que é histórica. Viemos, acima de tudo, defender este banco que é patrimônio público há mais de 90 anos”, salientou Denise.

A importância do Banrisul também está em sua capacidade de atendimento em cidades que os bancos privados não veem vantagem e, por vezes, até nem lucro, como é o caso de muitas cidades do interior. “Temos hoje cerca de 100 municípios no Estado em que o único serviço bancário é prestado pelo Banrisul. É necessário que essa diretoria se manifeste para manter essa política de fortalecer o banco, a marca Banrisul e manter a rentabilidade e a capacidade de crédito para o povo gaúcho”, enumerou Sergio Hoff, diretor da Fetrafi-RS e funcionário do Banrisul.

 

Ouvir e ser ouvidos

O diálogo não será unilateral é preciso que se diga. Quando o movimento sindical vai para a frente do Banrisul, não se trata apenas de reivindicar questões de trabalho, mas de abrir processos de negociação e começar uma relação quando o assunto é a nova diretoria do Banrisul. “Viemos aqui hoje representar os colegas e para reafirmar o banco público que nós queremos. Viemos ouvir, mas exigir nosso direito de sermos ouvidos. É o mínimo que uma diretoria pode fazer: ouvir os colegas. A defesa do Banrisul é eterna. A gente tem essa missão. Vão ter que nos ouvir, por bem ou por mal”, explicou o diretor do SindBancários e funcionário do Banrisul, Gerson Marques dos Reis.

O diretor da Fetrafi-RS e também funcionário do Banrisul, Fabio Soares Alves, lembrou que a carta entregue à direção foi a segunda este ano. “É o segundo documento que vamos entregar para a direção. O primeiro ainda não tinha tomado posse. A carta vai cobrar compromisso para dialogar por valorização profissional e para que o diálogo se abra. Não dá mais para saber da política do banco pelos grandes jornais”, cobrou.

Participação e mobilização

A diretora do Sindicato do Vale do Paranhana e funcionária do Banrisul, Ana Maria Furquim, ressaltou a importância da conversa. “Queremos falar aos colegas que venham e participam das nossas mobilizações. Estamos unificados. O nosso objetivo é um só: a manutenção do Banrisul forte. Senhor presidente, queremos estabelecer esse diálogo”, salientou.

Diretora do SindBancários e funcionária da Caixa, Caroline Heidner chamou a atenção para a mudança de discurso dos atuais governos federal e estadual. Eles não falam mais em privatizações desde o desastre dos governos FHC e Fernando Collor de Mello nos anos 1990, com a entrega de várias empresas públicas. “Privatização é uma palavra desgastada na população. Eles estão falando em desinvestimento. Não há como enfraquecer um banco como o Banrisul sem massacrar o seu funcionário”, avaliou a diretora.

Fonte: Imprensa SindBancários

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