Ataques a bancos na madrugada elevam volume de violência bancária para dois por dia em agosto

“Em agosto de 2015, o número de ataques a bancos no estado chegou a 34, mais de um por dia, batendo todos os recordes e levando perigo de vida aos bancários e a toda a população gaúcha”, lembrou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis, em entrevista à TV Band, na manhã desta quarta-feira, 03/08. Por isto mesmo, o Sindicato entrou com ação judicial solicitando que as agências bancárias não abram amanhã, quinta-feira, dia em que os trabalhadores da segurança pública irão realizar paralisações. A ação jurídica será avaliada em audiência na 5ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, às 14h, desta quarta-feira, 3/8.

Na madrugada deste quarta-feira, três agências foram atacadas em 12 horas no Rio Grande do Sul. Um posto do Sicredi foi atacado por criminosos durante a madrugada em São José do Herval, na Região do Planalto, no Norte do Estado. Os criminosos usaram explosivos para arrombar terminais eletrônicos. O crime em São José do Herval ocorreu próximo das 2h, na Rua do Comércio. Na noite de terça-feira, 2/8, duas agências do Banrisul foram alvos de bandidos no Estado. O primeiro caso em Balneário Pinhal, no Litoral Norte, onde um criminoso foi baleado e preso pela Brigada Militar. O outro em Caxias do Sul, na Serra, ocorrência na qual os ladrões conseguiram fugir com o dinheiro.

Seis ataques em três dias

Não há qualquer exagero nas preocupações das entidades de bancários: nestes primeiros três dias de agosto, já foram computados seis ataques a bancos e caixas automáticos. Até o momento, o SindBancários registrou nada menos que 119 ataques em 217 dias. A taxa é de um ataque a cada 43 horas no Estado.

“O crescimento do número de ataques, enquanto o governador José Sartori precariza as condições de trabalho e parcela os salários dos policiais e servidores, prova a necessidade do não funcionamento dos bancos nestas condições”, disse Gimenis, que também concedeu entrevista à TV Pampa. “È por estas razões que esperamos que a Justiça mantenha esta coerência e impeça a abertura dos bancos na quinta-feira, pois sem policiamento ostensivo nas ruas os bancos, os bancários e os vigilantes são um alvo muito fácil”, arrematou.

Síndrome de pânico

Conforme o líder sindical, hoje a categoria vive muito tensos e com muitos casos de síndrome de pânico. “No ano passado, enquanto as polícias civil e militar trabalhavam em operação padrão ou aquarteladas, cresceu o número de ataques e arrastões”, lembrou Everton Gimenis. “Por isso, é muito importante que os bancos não funcionem, para que se evite uma tragédia. Se isto acontecer, a responsabilidade pode ser debitada ao governo de Sartori e sua política recessiva sobre os funcionários públicos, e até mesmo a Justiça”, concluiu.

 

Gerente traumatizada

No mês passado, uma bancária em Porto Alegre, foi rendida por criminosos armados em sua mesa de trabalho, às 10h30 da manhã. “Eu achei que era uma brincadeira, até ele me mostrar uma pistola”, diz a bancária, que hoje está em licença, afastada do serviço. “Eles entraram na agência pouco depois de o carro forte ter saído. O ladrão tinha um crachá do banco e se identificou com ele para poder penetrar na agência. Os ladrões nos ameaçaram de morte o tempo todo. No fim, conseguiram achar o sistema de câmeras de vigilância e destruíram”.

Para ela, que estava há seis anos no banco, voltar a trabalhar é muito complicado. “Hoje não me vejo nem entrando num banco como cliente”, desabafa a colega.

 

 

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