Preste atenção, porque a lista de coisas erradas é longa na agência Lomba do Pinheiro do Banrisul em Porto Alegre. E, antes de enumerar os problemas, é preciso dizer que ela ficou fechada por absoluta falta de condições de trabalho na sexta-feira, 6/5. Nesta agência mais afastada do centro de Porto Alegre, o assédio moral e a falta de funcionários são apenas dois dos graves problemas que ocasionam o adoecimento de colegas. O mobiliário não é adequado e a iluminação é insuficiente. Além disso, a estrutura geral da agência é terrível.
E, para piorar tudo (se isso for possível), os representantes do banco não demonstraram interesse em resolver a questão de forma negociada com o Sindicato. Ah, tem mais problemas (são tantos, como dissemos acima!), delegado sindical está sendo perseguido e dirigentes do Sindicato foram impedidos de entrar na agência, o que configura prática antissindical e descumprimento da legislação trabalhista, que diz claramente que o acesso de representantes dos trabalhadores é livre nos ambientes de trabalho.
Agora vem a parte do descaso. Não é de hoje que a diretoria do Banrisul sabe o que acontece na agência Lomba do Pinheiro. Já faz alguns meses que o Sindicato alerta. Mais recentemente, o secretário-geral do SindBancários, Luciano Fetzner, mandou mensagens alertando a Gestão de Pessoas. “Estamos diante da total intransigência da administração e por parte do banco de tentar resolver esses e outros problemas de maneira negociada. A forma que o banco está tratando esse caso caracteriza forte prática antissindical”, reitera Luciano, que é funcionário do Banrisul.
A diretora de comunicação do SindBancários e também funcionária do Banrisul, Ana Guimaraens, aponta para o desrespeito aos direitos dos colegas. “A negativa de acesso à agência aos diretores do Sindicato é uma falta gravíssima. Estamos tomando as medidas cabíveis, porque as condições de trabalho praticamente não existem”, avaliou.
O diretor, Carlos Eduardo Bobisn, reitera que o Sindicato está disposto a negociar soluções, mas avisa que o Sindicato está acompanhando o caso e muito atento. “O banco precisa ceder e apontar soluções para os problemas identificados que são muitos e gravíssimos”, concluiu.
Fonte: Imprensa SindBancários