O perigo é real e imediato. E volta a rondar o patrimônio público cada vez que um governo aplica o remédio amargo do discurso da crise para justificar maldades. Pois o atual governo do Estado tem dado inúmeras provas de que está disposto a levar a efeito uma política de crise para atacar os servidores públicos e entregar o patrimônio público.
Nós sabemos que essa estratégia é danosa para a sociedade gaúcha, para os nossos direitos e para os nossos empregos. O governo do Estado cria uma situação de caos ao depositar R$ 600 na conta de policiais militares. Fere a dignidade dos policiais. Provoca um aquartelamento e entrega os gaúchos à sorte do assalto e da violência.
Os bancários sabem o que é conviver com o medo da violência e como esse discurso se manifesta. Além disto, a diretoria aplica políticas de redução de custos, sobrecarregando os bancários e comprometendo o futuro do banco. Menos caixas, significa maiores filas e reclamação de clientes. Precarizar o atendimento joga a culpa nos Banrisulenses e reforça a ideia de que o Banrisul seria um banco melhor se fosse privatizado. Nós sabemos que isso não é verdade.
Não podemos deixar isso acontecer. Entendemos que reunir em uma grande frente servidores públicos de serviços essenciais como a água, a energia elétrica e o sistema financeiro é o melhor caminho para defendermos o que é de todos nós. Essa situação se repete em estatais como a Corsan, a CEEE.
Não se enganem, estamos todos no barco, ou melhor no mesmo artigo, o 22º da Constituição Estadual, que condiciona a consulta popular, sob a forma de plebiscito, a alienação, transferência do controle acionário, cisão, incorporação, fusão ou extinção do Banco do Estado do Rio Grande do Sul – Banrisul, Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN, Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, Companhia Rio-grandense de Mineração – CRM, Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul – SULGÁS e Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA e Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul – PROCERGS.
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Extinção de estatais e venda de patrimônio público não vão tirar o Estado do atoleiro financeiro histórico que os que agora estão aí nos colocaram. Investimento, paciência e muito trabalho de gestão, isso sim, ajuda muito.
Ao meio-dia da sexta-feira, 11/9, os Banrisulenses precisam ouvir o chamado da mobilização. A partir do meio-dia, na Praça da Alfândega, entre a Caixa e a Agência Central do Banrisul, vamos lançar a Frente em Defesa do Patrimônio Público e cortar o bolo de aniversário do Banrisul, que completa 87 anos no sábado 12/9. O nosso banco foi fundado em 1928.
O SindBancários e a Fetrafi-RS têm participado e se solidarizado com a campanha e a greve dos servidores públicos, como professores, policiais militares e policiais civis. Por isso, junto com outros Sindicatos e entidades, como o Sindiáguas e o Sinergisul representantes de trabalhadores do serviço público, criamos a Frente em Defesa do Patrimônio Público. Na sexta-feira, 11/9, vamos lançar junto com essas entidades uma campanha que vai mobilizar servidores públicos de todo o Estado.
Vamos juntos. É tempo de mobilização. Cada um precisa defender o que é de todos.
Sexta-feira, 11/9 – Praça da Alfândega, entre a Caixa e o Banrisul – Centro Histórico – Porto Alegre
12h: Concentração para o Lançamento da Frente em Defesa do Patrimônio Público. Vamos cortar o bolo dos 87 anos do Banrisul.