Xô racismo. Xô a todo tipo de discriminação. Fora fascistas. Chega de mão na cabeça e documento. Bicos de coturno no tornozelo. Inocentes no camburão. Basta com a matança de pretos. Pobres. Crianças. Mulheres. Indígenas e pessoas LGBTs.
Defendemos as comunidades quilombolas, os territórios indígenas e a reforma agrária. Estamos juntos na luta em defesa da liberdade, da democracia e pela reconstrução do Brasil.
Lutamos contra as desigualdades sociais e pela reparação financeira aos negros e negras escravizadas e seus descendentes. Estamos juntos com outros movimentos de trabalhadores nas lutas por emprego, saúde, educação, transporte público e moradia digna.
Fora com essa gente do ódio, dos rancores, da aristocracia que cultiva mentiras e hipocrisia.
Aquilombar. Nosso tempo é agora!
Mais de 130 anos depois da extinção da escravização permanece forte a teimosia da discriminação na sociedade brasileira. O racismo continua estrutural no país, e segue firme no presente. As escrituras e o tempo passado fazem parte deste imenso atraso. Mas não são os únicos.
A experiência de vida, o passado, o aprendizado, os estudos e a conexão com a ancestralidade nos ensinaram que a história é estupidamente lenta. Assim está escrito que as transformações sociais demoram porque elas só acontecem quando não é mais possível segurar as ondas das mudanças.
A necessidade e o desejo não bastam. Logo, não sabemos quanto tempo vai demorar. O que não se pode parar é a luta. Ela é o nosso acelerador e o fator decisivo para “encurtar” a dinâmica da história. A ideia de unir, unificar os movimentos e seguir juntos na reconstrução de um Brasil sem racismo, preconceitos e exclusão social pode ser um dos caminhos.
A maioria da população brasileira é preta, e uma parcela significativa vive em áreas periféricas, favelas e comunidades. Mesmo nestas condições, onde impera a desigualdade, o enquadramento numa mirada socioeconômica, os afrodescendentes configuram uma potência superior a muitos estados do país. Para muitos, contudo, os avanços conquistados pela população negra foram mínimos.
A teimosia em ignorar o passado e a história dos pretos e pretas, cujos ancestrais construíram com suas lutas e sangues este país tem que ter fim. É urgente que o Brasil dê início às reparações/indenizações, uma dívida histórica com o escravizado povo preto e seus descendentes. É preciso, também, dar um fim ao racismo, às desigualdades sociais e discriminações. Dar um basta aos criadores das bandeiras das maldades que só atrasam o crescimento de um Brasil voltado para a maioria da população.
O que importa é o que nos une, não o que nos separa!
SindBancários Porto Alegre e Região
Coletivo Diversidade e Combate ao Racismo
Texto: Moah Sousa / Assessoria SindBancários
Arte: Imprensa SindBancários